O que queremos

No Brasil, meio milhão de médicos trabalham nos cuidados de mais de 210 milhões de habitantes, em uma sociedade na qual as desigualdades sociais seguem evidentes e crescentes. O país ocupa a 79ª posição no ranking mundial do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e é o 7º mais desigual do mundo, com um Índice Gini de 0,549, fazendo com que cerca de 80% da população dependa de políticas públicas para o acesso a ações e serviços de saúde.

A criação do Sistema Único de Saúde, SUS, representou o mais importante marco civilizatório do século. Desde 1990, a mortalidade infantil caiu 47,5%; a razão da mortalidade materna decresceu de 143,2 para 59,7 por 1.000 nascidos vivos; e a expectativa de vida aumentou em 17,9% passando de 62,7 anos (1980) para 76,6 anos (2019).

Segundo 81,8% dos médicos o “Brasil deve assegurar a saúde como direito de todos e dever do Estado, por meio de uma cobertura universal e igualitária em saúde”; a maioria diz que o financiamento do SUS deveria ser expandido; e 88,7% discordam “totalmente” de que o SUS “deve ser destinado apenas aos cidadãos de baixa renda ou desempregados” (Demografia Médica, Conselho Federal de Medicina 2018).
Além disso, políticas públicas de saúde impactam formação médica e de outros profissionais, o acesso e a qualidade dos serviços.

A ASB compreende que o SUS é essencial para a saúde e o bem-estar da população brasileira; que os médicos, ladeados pelos demais profissionais das equipes multidisciplinares, são a base para o bom funcionamento do SUS; e que um SUS forte é fundamental para a implantação de uma política de gestão eficaz e eficiente.