Brasília, urgente

Uso no SUS da vacina contra dengue aprovada pela Anvisa teria ‘impacto orçamentário muito elevado’, diz ministério

NK Consultores – A vacina contra a dengue Qdenga é considerada cara e de aplicação muito restrita pelo Ministério da Saúde, informou o portal G1. Segundo o órgão, a incorporação do imunizante no Sistema Único de Saúde (SUS) traria um impacto de cerca de R$ 9 bilhões em cinco anos, considerando as faixas etárias de 4 e 55 anos propostas pela farmacêutica Takeda Pharma. Atualmente, a vacina do laboratório japonês está disponível somente na rede privada. O imunizante foi aprovado em março pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O ministério pediu mais informações ao fabricante sobre o preço proposto por dose, além da capacidade de produção da vacinação. Para a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), os esclarecimentos são essenciais para a deliberar sobre a inclusão da vacina no SUS. ’Para essas faixas etárias restritas, a incorporação, conforme proposta, traria um impacto orçamentário muito elevado, de cerca de R$ 9 bilhões em cinco anos’, afirmou o ministério em nota ao g1. Além deste ponto, o ministério ainda coloca mais duas ressalvas: a vacina não é indicada para a população mais vulnerável aos casos graves e mortes por dengue (crianças abaixo de 4 anos e idosos acima de 60 anos); a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a vacina Qdenga para o público entre 6 e 16 anos, que também não está contemplado na proposta enviada pela Takeda à Conitec. Entre os esclarecimentos solicitados pelo Ministério da Saúde à empresa estão: Informações sobre a capacidade produtiva do laboratório e o quantitativo a ser entregue ao Brasil. Explicações sobre a faixa etária considerada na proposta de incorporação e sobre a não inclusão de outros públicos. Negociação do preço estabelecido pelo fabricante, uma vez que o valor por dose está muito acima do que qualquer outro presente no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Para acessar a matéria completa, clique aqui.


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