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É com imenso prazer que nos dirigimos a todos

os médicos brasileiros, para lhes transmitir nossa

gratidão pelo trabalho, pela dedicação, pela luta,

pela força e pelo compromisso em fazer do Bra-

sil um dos países de melhor medicina no mundo.

Essa é uma grande vitória, creditada a nós e que

nos impele a continuar essa cruzada, cujo objeti-

vo é sempre fazer o melhor, e cada vez mais, por

quem nos é mais importante – nossos queridos

pacientes.

O tempo passa. Vislumbremos o futuro. Go-

vernos passam, alguns não sobrevivem a uma ge-

ração. Busquemos disseminar a necessidade da

boa formação médica, da educação médica con-

tinuada, da busca de fortes evidências científicas

para pautar nosso trabalho e formar mais e me-

lhores médicos que cuidarão do nosso povo. Con-

tinuemos a bradar aos quatro ventos a vontade de

produzir mais sob adequadas condições de traba-

lho, com infraestrutura e remuneração dignas. Fa-

lemos ainda mais do caos das grandes emergên-

cias públicas do nosso país, indignando-nos junto

aos nossos pacientes. Busquemos melhorias, co-

muniquemo-nos com verdades, sem jamais sub-

jugar nossa força, nossa voz.

Há tempestade, há bonança. Fala-se que uma

segue-se à outra. Que a tempestade passe logo e

que nossa população não sofra tanto. Já fomos às

ruas pedindo segurança, educação, saúde e hos-

pitais padrão FIFA. Querem nos enganar com pa-

liativos, que verdadeiramente não resolvem o cer-

ne do problema. Temos várias cidades brasileiras

com número de médicos/habitante superior ao

de países europeus e dos Estados Unidos, porém

a saúde pública é sofrível, com pacientes avolu-

mando-se em emergências e morrendo (mor-

tes evitáveis). Outros peregrinam em longas fi-

las para exames, consultas e cirurgias. Quantos

foram atendidos por médicos e esperam realizar

exames laboratoriais e cirurgias (por 4 ou 5 anos)?

Já mostramos que temos médicos suficientes para

operar os pacientes em filas na ortopedia, mas elas

continuam a crescer pelo descaso do governo, que

não financia suficientemente o SUS, que faz po-

liticagem na gestão e não ataca como deve a cor-

rupção, que dizima nosso país.

Vamos nos unir ainda mais, conversar mais e

mais com nossos pacientes e dizer-lhes a real si-

tuação do SUS, opinando e identificando casos

e soluções. Somos um batalhão de mais de 500

mil pessoas (400 mil médicos e 110 mil estudan-

tes de medicina), com credibilidade e disposição,

que diariamente cuida do bem maior das pessoas,

a saúde. Imaginemos a força que teremos se cada

um de nós, em um ano, mostrar a atual situação a

100 pessoas que confiam em nós. Teremos neste

ano o universo de 50 milhões de pessoas. Somos

fortes e podemos mudar os desatinos dessa polí-

tica perversa que assola nosso Brasil.

Contem conosco e vamos comemorar o muito

que fizemos e podemos realizar. Outubro é o mês

do médico. Façamos nosso trabalho sempre com

ética, qualidade e transparência. “A verdade é filha

do tempo, não da autoridade”, disse Galileu Galilei.

Feliz Dia do Médico!

Vislumbremos

o futuro

Florentino Cardoso

Presidente da Associação Médica Brasileira

Florentino Cardoso

Setembro/Outubro

2013 •

JAMB

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