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JAMB

DEZEMBRO DE 2002

4

Classificação Hierarquizada

de Procedimentos Médicos

AMB/CFM, trabalho produ-

zido em conjunto com as Sociedades

de Especialidade e a Fipe (Fundação

Instituto de Pesquisas Econômicas da

USP), encontra-se finalizada.

“Estaremos entregando aoConselho

Científico até o fim deste mês o resulta-

do final deste enorme esforço de todas

as entidades que consumiu três anos de

trabalho”, afirmou o presidente da

AMB, Eleuses Paiva, durante a reunião

doConselhoCientífico, realizada no dia

4 de dezembro, na sede da entidade.

Após a apresentação para as Es-

pecialidades, a AMB pretende enca-

minhar a Classificação Hierarquizada

para todos os segmentos da socieda-

de diretamente envolvidos no proces-

so: operadoras de saúde, órgãos de

defesa do consumidor, Agência Na-

cional de Saúde Suplementar, CADE

- Conselho Administrativo de Defesa

Econômica. Além disso, o trabalho

também estará disponível nos portais

da AMB e do CFM no sentido de re-

ceber possíveis críticas ou sugestões.

Somente após essa etapa é que as en-

tidades médicas nacionais, incluindo

as áreas conselheiral e sindical, esta-

rão se reunindo para discussão espe-

cífica sobre os valores a serem deter-

minados e definição de estratégias

para a implantação do trabalho.

“Até o momento não realizamos

nenhum tipo de discussão envolven-

do a parte econômica, e sim apenas

sob o ponto de vista de hierarquiza-

ção. Esperamos discutir esses aspec-

tos pontuais já no mês de janeiro”,

acrescentou Eleuses Paiva.

Classificação

Hierarquizada

está concluída

Entre os itens da pauta da reunião

estava a discussão sobre área de atua-

ção, definida pela Comissão Mista no

trabalho que envolveu a unificação das

especialidades entreAMB, CFMe Co-

missão Nacional de Residência Médi-

ca. O tema gerou intensa polêmica en-

volvendo a maior parte das discussões.

O Diretor Científico, Fábio Bis-

cegli Jatene, explicou que a Comis-

são Mista está recebendo um grande

número de solicitações para acrescen-

tar novas áreas de atuação, porém en-

frenta dificuldades na avaliação, prin-

cipalmente em virtude da interface

entre as especialidades. “Na medida

do possível estamos ouvindo as So-

ciedades e avaliando suas justificati-

vas para inclusão”, afirmou. Buscan-

do resolver a questão, a AMB deci-

diu intermediar reuniões entre as So-

ciedades envolvidas na expectativa de

atingir o consenso. “É preciso, de for-

ma bastante clara, discutirmos nos-

sas diferenças, pois só assim também

vamos atingir nossos objetivos”,

acrescentou o presidente do CFM,

Edson de OliveiraAndrade, que tam-

bém integra a Comissão Mista.

No encontro, aAMB também apre-

sentou as normas para elaboração do

edital para concessão de Título de Es-

pecialista para 2003. “Nossa sugestão,

no sentido de mostrar total transparên-

cia nos exames realizados, é que as

Sociedades procurem divulgar o ga-

barito das provas”, destacou o

Secretário-Geral, Edmundo Baracat.

Em função das discussões sobre

área de atuação, outro item da pauta –

recertificação - não foi debatido. “Não

abrimos mão de voltar a pautar esse

assunto logo no início do ano, pois é

de extrema importância para toda a

classe médica”, garantiu o presidente

Eleuses Paiva, ao final da reunião.

Reunião do Conselho Científico: polêmica nas discussões sobre áreas de atuação

ANS volta a intervir em

operadoras de saúde

A Agência Nacional de Saúde

Suplementar (ANS) decretou regime

especial de direção-fiscal em três

operadoras de planos de saúde,

sediadas em Belém, no Pará: Bom

Pastor, Gester e Proteção e Assistên-

cia Médica. Segundo a ANS, a inter-

venção foi devido a anormalidades

econômico-financeiras e administra-

tivas graves, que colocam em risco a

continuidade do atendimento à

saúde dos conveniados.

Antes, as três operadoras já

haviam sido punidas pela ANS com

multas que variaram de R$ 7 mil a

R$ 50 mil. A intervenção pode durar

no máximo um ano e será comanda-

da por um diretor-fiscal designado

pela ANS. Sua meta principal será

regularizar a gestão econômica e

financeira da operadora, mas poderá,

em caso extremo, decretar a liquida-

ção extrajudicial da entidade, encer-

rando as atividades da operadora.

TUNEP

A ANS autorizou reajuste na

Tabela Única Nacional de Equivalên-

cia de Procedimentos (Tunep), que

serve como referência para as opera-

doras de planos de saúde ressarcirem

o governo sempre que seus usuários

recebem atendimento no SUS.

Segundo aANS, os fatores de reajuste

variaram entre 1% e 1,75% e foram

concedidos em virtude do reajuste, no

mês de julho, na tabela do SUS, já

que por lei os valores do ressarci-

mento não podem ser inferiores aos

praticados pela mesma.

Para calcular os procedimentos que

devem ser ressarcidos, a ANS cruza

trimestralmente os dados dos pacien-

tes atendidos pelo SUS com a lista de

usuários fornecida pelas operadoras.

A Resolução nº 15, com os reajustes,

pode ser encontrada

no site do Diár

io

Oficial da União (wwww.in.gov.br).

PUBLICIDADE

A Diretoria Colegiada da ANS

publicou resolução normativa

nº 16, determinando que o número

do registro provisório concedido

pela Agência às operadoras de

planos de saúde conste em todo o

material publicitário impresso das

mesmas. A empresas terão prazo de

90 dias, a partir do dia 6 de novem-

bro, para que a resolução seja cum-

prida, incluindo o número de regis-

tro em qualquer material publici-

tário impresso.

“O Objetivo da Agência é

ampliar os instrumentos de defesa

dos consumidores de planos de

saúde. É fundamental que consu-

midores saibam se a empresa anun-

ciante tem o registro na ANS”,

explica Januário Montone, diretor-

presidente da ANS.

AANS

também disponibiliza em

seu site (

www.saudesup

lementar.

gov.br) um e-mail “Fale Conosco”,

no qual poderá solicitar informa-

ções se determinado plano encon-

tra-se devidamente registrado na

entidade. As mesmas informações

poderão ser obtidas pelo telefone

Disque ANS, cuja ligação é gra-

tuita: 0800-7019656.

REUNIÃO

Na última reunião da Câmara

Suplementar de Saúde, realizada na

ANS, no último dia 28 de novem-

bro, o assunto predominante foi a

regulamentação dos Cartões de

Descontos. Foi unânime a posição

de todos os integrante em favor da

normatização do setor, e, segundo

a diretoria da ANS, o resultado da

consulta pública, aberta pela enti-

dade no mês de outubro, também se

manifestou amplamente favorável à

regulamentação.

“Além disso, o Conselho Fede-

ral de Medicina também já emitiu

uma resolução específica sobre o

assunto, proibindo os médicos de

atuar e participar deste tipo de

atividade”, informa Samir Bittar,

representante da AMB nas reuniões

da Agência Nacional de Saúde

Suplementar.