Tag Archives: Notícia_cem_covid

Boletim 023/2021: Todos os adultos devem tomar a dose de reforço da vacina Covid-19

Todos os adultos devem tomar a dose de reforço da vacina Covid-19. O Comitê Extraordinário de Monitoramento da Covid-19, o CEM COVID_AMB, considera extremamente oportuna e tecnicamente correta a Nota Técnica nº 59 do Ministério da Saúde publicada no último dia 17/11/2021 indicando dose de reforço da vacina Covid-19 a todos os maiores de 18 anos, que tenham completado o esquema vacinal há pelo menos cinco meses. 

Os médicos e suas entidades, representados pelo CEM COVID_AMB, informam que a dose de reforço é indispensável para manter os brasileiros e aqueles que fizeram do Brasil sua terra/morada mais seguros, pois os dados científicos disponíveis até o momento mostram que a proteção oferecida pelo esquema vacinal inicial pode decair após cinco a oito meses, independentemente do tipo de vacina recebido no esquema primário. 

Estudos de diversos institutos científicos e do próprio Ministério da Saúde deixam uma afirmativa muito clara: a queda dos indicadores de casos e óbitos por Covid-19 é fruto do alto índice de vacinação que atingimos. Os cidadãos têm feito sua parte. Apesar dos ataques à imunização contra a Covid-19, a adesão às vacinas é crescente. Pesquisa DataFolha de julho, registrou nível recorde de 94% da população em termos de intenção em se vacinar. 

O CEM COVID_AMB avalia ser fundamental manter os altos níveis de imunização, combinados à ampliação da base populacional imunizada, entre elas, adolescentes (em andamento) e crianças (em futuro próximo). 

Há alguns pilares para evitar que novas ondas tenham efeito devastador, como vem ocorrendo em outros países: coberturas elevadas e homogêneas com duas doses, as doses de reforço à medida em que a população tem os níveis de proteção fragilizado, ou seja, com escalonando a partir de 5 meses da segunda dose. Reforçamos que as medidas sanitárias continuam fundamentais, de acordo com as recomendações, para a proteção de todos. 

Aos médicos do país, o CEM COVID_AMB primeiramente expressa sua gratidão em nome de todos os brasileiros. Aproveitamos para conclamá-los a prosseguir defendendo a ciência e a saúde pública, recebendo as doses que se fizerem necessárias e incentivando os pacientes a fazer o mesmo. 

Podemos e devemos ser felizes e ter uma vida normal. Baixar a guarda, jamais. 

 São Paulo, 25 de novembro de 2021. 


 Sobre o CEM COVID_AMB 

A Associação Médica Brasileira (AMB) e Sociedades de Especialidade Médica diretamente relacionadas a assistência de pacientes acometidos pelo vírus SARS-Cov2 criaram o Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19, CEM COVID_AMB aos 15 de março de 2021. 

O CEM COVID_AMB monitora permanentemente a pandemia em todo o território nacional e as ações dos órgãos responsáveis pela saúde pública, com o intuito de consolidar informações e, a partir de retratos atualizados, transmitir orientações periódicas de conduta para cuidados e prevenção aos cidadãos e aos profissionais da Medicina. 

Iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira com as Especialidades, o CEM também tem apoio de associações estaduais federadas e de Regionais das Sociedades Médicas. Em seu primeiro boletim, trouxe mensagem que leva à reflexão por se manter absolutamente atual. 

“Nós, os médicos, estaremos sempre disponíveis para ajudar; e ajudaremos. Mas não trazemos a solução; hoje não a temos. A solução para a Covid não está nas mãos de mais de meio milhão de médicos do Brasil. Será resultado das atitudes responsáveis e solidárias de cada um dos cidadãos do País e das autoridades públicas responsáveis por implantar as medidas efetivas que se fazem necessárias para mitigar a enorme dor e sofrimento da população brasileira.” 

A composição de membros do Comitê está em https://amb.org.br/cem-covid/cem-covid/; e (assim como todos os demais conteúdo do CEM COVID_AMB) passa por atualização permanente. 

Clique aqui para conhecer todos os Boletins emitidos pelo CEM COVID_AMB

Boletim 022/2021: AMB convida comunidade médica e científica brasileira a se manifestar em consulta pública sobre o tratamento da Covid

Está aberta Consulta Pública pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) sobre a proposta de texto das “Diretrizes Brasileiras para Tratamento Medicamentoso Ambulatorial do Paciente com Covid-19”. É possível se manifestar até 25 de novembro, no endereço eletrônico http://www.conitec.gov.br/consultas-publicas.

A Associação Médica Brasileira apoia integralmente o texto final das “Diretrizes Brasileiras para Tratamento Medicamentoso Ambulatorial do Paciente com Covid-19”, disponível no link https://bit.ly/3l1PIzY

O documento “Diretrizes Brasileiras para Tratamento Medicamentoso Ambulatorial do Paciente com Covid-19” foi elaborado por um grupo de especialistas médicos e metodologistas de diversas sociedades, como Associação Médica Brasileira (AMB); Associação Brasileira de Medicina de Emergência (ABRAMEDE); Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV); Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI); Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBFMC) e Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), além de profissionais de diversas universidades e instituições de pesquisa de todo o Brasil, fruto de cinco meses de trabalho em reuniões semanais.

A Associação Médica Brasileira convida a todos a contribuir registrando manifestação pessoal (pessoa física pelo CPF) ou institucional (sociedades médicas ou científicas pelo CNPJ), seguindo o passo a passo abaixo:

1. Acesse http://www.conitec.gov.br/consultas-publicas.


2. Desça a barra de rolagem da página até a Consulta Pública nº 90


3. Clique em Formulário – Faça aqui sua contribuição


4. Selecione sua opção Pessoa Física (pessoal), ou Pessoa Jurídica (sociedades médicas ou científicas)


5. Preencha os dados cadastrais


6. Preencha o formulário de avaliação do documento proposto


7. Não esqueça de finalizar, clicando no item enviar


A participação de todos da sociedade é fundamental para reforçar o esforço científico da comunidade médica e acadêmica no enfretamento científico da Pandemia Covid no Brasil!


INTEGRANTES DO CEM COVID_AMB: amb.org.br/cem-covid/cem-covid/

Clique aqui para conhecer todos os Boletins emitidos pelo CEM COVID_AMB

Boletim 021/2021: Nota aos brasileiros sobre o Relatório Técnico sobre Manejo da Covid Ambulatorial enviado à Conitec

A Associação Médica Brasileira, por meio do Comitê Extraordinário de Monitoramento da Covid-19, o CEM COVID_AMB, expressa preocupação quanto ao fato de a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, CONITEC, seguir sem deliberar oficialmente a respeito do relatório encomendado pelo Ministério da Saúde sobre a eficácia de medicações em casos de Covid ambulatorial.

O parecer técnico-científico, que contou, entre outros membros, com especialistas da AMB nem ao menos foi enviado à consulta pública. Isso já passados 20 dias de votação encerrada em embate, aos 21 de outubro. Na ocasião, a CONITEC se comprometeu a abrir com brevidade o canal de debate público.  

Faz-se essencial reafirmar que o relatório teve como principal bússola a avaliação crítica da literatura, sendo usados os mais refinados métodos da medicina baseada em evidências, após mais de três meses de reuniões semanais. Trata-se de parecer construído com expertise de algumas das principais sociedades de especialidades médicas e de instituições de ensino e pesquisa no Brasil.

Ainda é mister registrar que o mesmo grupo de assessoria já desenvolveu vários documentos fundamentais ao manejo da doença aprovados pela CONITEC.

Entretanto, o relatório sobre o manejo ambulatorial da Covid-19 parece sofrer de aparente resistência. Anteriormente, aos 7 de outubro de 2021, foi retirado de pauta da outra reunião da CONITEC sem discussão com os pares que participaram da elaboração.

Enquanto isso, seguem sendo disseminadas falsas notícias que desestimulam a vacinação e o uso responsável de máscaras, além orientações persistentes e de risco a respeito do tratamento com medicações sem comprovação de eficácia na Covid ambulatorial.

O CEM COVID conta com a sensibilidade das autoridades para assumirem firmemente suas responsabilidades com os brasileiros, colocando a saúde dos cidadãos acima de quaisquer outros interesses. Só assim teremos a tranquilidade de manter o apoio técnico científico de nossas sociedades de especialidades ao Núcleo de Assuntos Estratégicos do Ministério da Saúde.

São Paulo, 9 de novembro de 2021.


  • Associação Médica Brasileira – CEM COVID_AMB
  • ​Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
  • Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular
  • Associação Brasileira de Medicina de Emergência
  • Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação 
  • Associação de Medicina Intensiva Brasileira
  • Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
  • Sociedade Brasileira de Clínica Médica
  • ​Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
  • Sociedade Brasileira de Infectologia
  • Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
  • ​Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial
  • Sociedade Brasileira de Pediatria
  • ​Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
  • Sociedade Brasileira de Reumatologia
  • Associação Paulista de Medicina

Sobre o CEM COVID_AMB 

A Associação Médica Brasileira (AMB) e Sociedades de Especialidade Médica diretamente relacionadas a assistência de pacientes acometidos pelo vírus SARS-Cov2 criaram o Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19, CEM COVID_AMB aos 15 de março de 2021.

O CEM COVID_AMB monitora permanentemente a pandemia em todo o território nacional e as ações dos órgãos responsáveis pela saúde pública, com o intuito de consolidar informações e, a partir de retratos atualizados, transmitir orientações periódicas de conduta para cuidados e prevenção aos cidadãos e aos profissionais da Medicina.

Iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira com as Especialidades, o CEM também tem apoio de associações estaduais federadas e de Regionais das Sociedades Médicas. Em seu primeiro boletim, trouxe mensagem que leva à reflexão por se manter absolutamente atual. 

“Nós, os médicos, estaremos sempre disponíveis para ajudar; e ajudaremos. Mas não trazemos a solução; hoje não a temos. A solução para a Covid não está nas mãos de mais de meio milhão de médicos do Brasil. Será resultado das atitudes responsáveis e solidárias de cada um dos cidadãos do País e das autoridades públicas responsáveis por implantar as medidas efetivas que se fazem necessárias para mitigar a enorme dor e sofrimento da população brasileira.”

A composição de membros do Comitê está em https://amb.org.br/cem-covid/cem-covid/; e (assim como todos os demais conteúdo do CEM COVID_AMB) passa por atualização permanente. 

Clique aqui para conhecer todos os Boletins emitidos pelo CEM COVID_AMB

Boletim 020/2021: Sobre Covid-19 e a inaceitável relação com o HIV

O Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid da Associação Médica Brasileira, CEM-Covid_ AMB, repudia a divulgação de nova série de fake news que certamente pode ocasionar mortes evitáveis entre os brasileiros por acometimento da Covid-19. 

Já são, no mínimo, centenas as inverdades sobre o SARS-CoV-2 alardeadas no Brasil por autoridades, cujo papel deveria ser resguardar e não expor a população a riscos.

Entre essa fake news , versões de que seria somente uma gripezinha e a defesa da eficácia do kit Covid, só destacando algumas que milhares de vidas ceifaram de nosso convívio. 

Agora, foi plantada a irresponsável e mentirosa notícia de que o uso das vacinas contra o vírus estaria levando à Aids. Algo despropositado, diametralmente oposto ao comprovado cientificamente e já desmentido por respeitáveis sociedades de especialidades médicas do país. 

Em consonância com a Ciência e com a prática responsável da Medicina, o CEM Covid_ AMB reafirma que imunizantes não transmitem o HIV nem provocam o desenvolvimento da doença. 

Conclamamos todos os brasileiros a seguirem com as vacinas e a respeitarem o calendário vacinal, assim como a manter todas as medidas sanitárias preventivas. 

Vacina, sim. Mentiras, não.

São Paulo, 25 de outubro de 2021

Boletim 019/2021: CEM COVID_AMB divulga mensagem aos brasileiros

Reunido no início da tarde de hoje, 18 de outubro de 2021, o Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 da Associação Médica Brasileira divulgou a 19ª edição de Boletim CEM COVID_AMB. Em virtude da perspectiva mais favorável propiciada pelo avanço de vacinação, o conteúdo é um agradecimento aos brasileiros e aos médicos pela aderência aos cuidados preventivos, a defesa da saúde e da vida. Confira.

Boletim CEM COVID_AMB, 19ª edição

O Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 da Associação Médica Brasileira, CEM COVID_AMB, aproveita o 18 de outubro, Dia do Médico, para agradecer aos cidadãos brasileiros, pelo compromisso, maturidade e responsabilidade com os quais enfrentam já há 20 meses, sem tréguas, a pandemia do SARS-CoV-2.

É uma unanimidade entre a AMB e as dezenas de sociedades de especialidades médicas integrantes do CEM COVID que o atual estágio da luta contra o vírus nos permite a olhar ao futuro com perspectiva alvissareira, mirando a volta à normalidade, caso a tendência seja confirmada.

Se hoje esse sonho é passível de concretização, muito devemos aos nossos mais de 200 milhões de compatriotas que perseveraram em consonância com a Ciência, com as orientações médicas e das autoridades nacionais e internacionais realmente envolvidas com o bem-estar individual e coletivo.

O respeito aos cuidados preventivos – como o uso correto de máscara, higienização de mãos, ambiental e o distanciamento – certamente exigiu readaptação de costumes, ajustes na relação com familiares e amigos, além de uma reformulação do próprio olhar ao outro. Não foi fácil, mas os brasileiros seguiram-no com obstinação e caráter cidadão.

Assim, neste Dia do Médico, vimos nós a público agradecer a cada um de vocês. Já colhemos o melhor de todos os presentes que é a esperança de que a saúde e a vida sairão vitoriosas ante a Covid-19, ao negacionismo e a quaisquer outros males.

O CEM COVID, a propósito, registra especial deferência aos médicos do Brasil que, com a dignidade habitual, entregaram-se e entregam-se para curar e salvar vidas; mesmo sob riscos até a seus familiares e entes queridos.

Fazemo-nos assim porta-voz de todos os brasileiros que hoje também são gratos aos nossos colegas médicos. Muito obrigado, por todos nós.

Por essencial, o CEM COVID reafirma ser da maior importância a manutenção dos cuidados preventivos, por hora. Tudo indica que falta pouco, portanto, o momento é de seguir perseverando e avançando.

São Paulo, 18 de outubro de 2021

INTEGRANTES DO CEM COVID_AMB: amb.org.br/cem-covid/cem-covid/

Clique aqui para conhecer todos os Boletins emitidos pelo CEM COVID_AMB

Boletim 018/2021: Testagem rápida e efetividade no combate a Covid-19

Todos os dias, no Brasil, somamos uma média de 20 mil novos casos. É grande ainda o número de pessoas que tem sintomas leves e, equivocadamente, avaliam ser coisa menor e não procurar assistência, ao menos a princípio.

As desigualdades sociais e barreiras ao acesso seguem dificultadores do combate a covid-19. O entendimento do Comitê Extraordinário de Monitoramento COVID_AMB (CEM COVID_AMB) é o de que ainda devemos muito quanto às estratégias de testagem, seja para diagnóstico precoce, quarentena de episódios leves identificados, assim como de contactantes; ou para cuidado rápido/eficaz em casos graves.

Em vários países do mundo essas medidas foram priorizadas, confirmando que a testagem rápida e efetiva é instrumento valiosíssimo para reduzir a circulação do vírus SARS-Cov-2.

Diante de tal contexto, a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), a Associação Médica Brasileira (AMB) e demais sociedades de especialidades médicas do CEM COVID_AMB recomendam ao sistema de saúde, em seus braços público e privado/suplementar, a adoção de teste na modalidade PointofCare,que é realizado classicamente à beira do leito, próximo ao paciente, por dispositivo de coleta que é capaz de realizar a análise e já traz o resultado do exame.

O PointofCaretest, denominado no Brasil de teste laboratorial remoto, detecta o antígeno SARS-CoV -2, o antígeno da covid-19.

Feita a coleta material, um swab como no PCR, com imediata transferência para processamento, o resultado sai na hora. É semelhante a um teste de sorologia: uma faixa vermelha indica a presença do SARS-CoV-2 e a ausência dessa marcação é sinal de negativo.

A vantagem desse tipo de teste para SARS-CoV-2 é que ele é um teste quase imediato. São de 15 a 30 minutos o resultado. Ele não causa desconforto, diferente da PCR. Simples de realizar, não exige grande aparato laboratorial, sendo que atua no mesmo período do PCR, ou seja, em fase inicial, entre o primeiro e o sétimo dia de infecção.

É obrigatório evidenciar que ele ainda não é tão sensível quanto a PCR. Assim, não tem as mesmas estatísticas de acurácia, além de se restringir até o sétimo dia de infecção. Teoricamente, existe risco de algumas variantes novas não serem cobertas pelo teste. Contudo, na prática, não há ocorrências. Porém, em pacientes sintomáticos, nos primeiros sete dias de sintomas, os resultados são equiparáveis ao PCR.

Custo-efetividade e prazo são outras vantagens. Em relação a PCR, a economia para o Sistema de Saúde fica em torno dos 50%. Quanto ao tempo, viabiliza uma redução entre 24 e 40 horas em diagnóstico, na média.

Os testes já são aprovados pela ANVISA e estão disponíveis no Brasil, inclusive constam da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, a CBHPM, da Associação Médica Brasileira.

Em recente reunião com a diretoria colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a SBPC/ML e a AMB propuseram a incorporação do teste no rol de exames obrigatórios mínimos a serem cobertos pelas empresas de planos e seguros de saúde.

A incorporação foi realizada, passando para a fase de definição de critérios de utilizado por diretriz específica.

Registramos, ademais, que esse tipo de testagem é indicado somente a pacientes sintomáticos, por hora. Sua sensibilidade gira em torno de 85% a 90% e uma especificidade de 100%. A significância é a de que, em resultado positivo, temos segurança do diagnóstico de Covid. Se negativo, em situação de dúvida, pede avaliação clínica criteriosa e em alguns casos, complementação laboratorial adicional.

Sempre é indispensável reiterar que a solicitação do teste e a interpretação do resultado devem ser feitas exclusivamente por um médico.

São Paulo, 21 de setembro de 2021
CEM Covid AMB

INTEGRANTES DO CEM COVID_AMB: amb.org.br/cem-covid/cem-covid/

Clique aqui para conhecer todos os Boletins emitidos pelo CEM COVID_AMB

Boletim 017/2021: Nota Técnica sobre a Vacinação Covid em Adolescentes no Brasil

O Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid_AMB (CEM Covid AMB), em consonância com as sociedades médicas que o compõe, comunica preocupação sobre a Nota Informativa Nº 1/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/Ministério da Saúde de 15/09/2021, documento que indica interrupção da vacinação Covid em adolescentes sem comorbidades. A imunização nesse grupo já havia sido iniciada há algumas semanas em diversos municípios e estados do Brasil, sendo que mais de três milhões de cidadãos adolescentes na faixa etária entre 12 a 17 anos já receberam a primeira dose do imunizante Pfizer, único com registro na Anvisa e aprovado em bula para essa população.

O CEM Covid AMB, com o objetivo de contribuir para a discussão técnico-científica sobre a vacinação de adolescentes entre 12 a 17 anos no Brasil, esclarece que:

1 – Eficácia e Segurança: órgãos regulatórios nacionais e internacionais como a ANVISA e o FDA aprovaram a vacina Covid da Pfizer em adolescentes, decisão baseada em rigorosos ensaios clínicos randomizados que incluíram milhares de voluntários, que demonstraram eficácia em termos de imunogenecidade em indivíduos que receberam duas doses desse imunizante. No tocante à segurança dessa vacina, a incidência e gravidade dos potenciais eventos adversos evidenciados nesses estudos foram não significativos quando comparados aos benefícios da proteção conferida pelo imunizante.

Não se justificam, portanto, os argumentos genéricos presentes na Nota Informativa Nº 1/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/Ministério da Saúde de 15/09/2021 que questionam e eficácia dos ensaios clínicos randomizados no tocante aos evidentes benefícios da vacinação nessa faixa etária.
Da mesma forma, não se justifica questionar a segurança desse imunizante baseado em supostos casos de eventos adversos pós-vacinais pontuais, ainda mais em situações que estão em investigação em andamento, sem que esteja estabelecida a relação de nexo causal.

No que se refere especificamente ao evento adverso miocardite, sua incidência é extremante rara (16 casos/milhão de pessoas que recebem duas doses da vacina), geralmente leve, e inferior ao risco da própria Covid-19.

2 – Organização Mundial de Saúde (OMS): ao contrário da Nota Informativa Nº 1/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/Ministério da Saúde de 15/09/2021, a OMS recomenda a vacinação de adolescentes entre 12 a 17 anos sem comorbidades, desde que obedecida a priorização da imunização de outros grupos mais vulneráveis.

3- Evolução Clínica da Covid em Crianças e Adolescentes: apesar de relativamente à outras faixas etárias a Covid-19 ser de menor gravidade em crianças e adolescentes, o Brasil já acumula mais de 2.000 óbitos desde o início da Pandemia em menores de 18 anos, número muito superior ao total de mortes nessa população quando se observa outras doenças imunopreveníveis.

4- Cenário Epidemiológico no Brasil: ao contrário do que a Nota Informativa Nº 1/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/Ministério da Saúde de 15/09/2021, a melhora do cenário epidemiológico no Brasil não justifica interrupção da vacinação em adolescentes, e sim justamente o inverso, o avanço no controle da Pandemia no país se deu única e exclusivamente por finalmente, depois de um lamentável atraso, estarmos realizando uma vacinação ampla e rápida da população, incluindo milhões de adolescentes.
Portanto, levando em consideração os pontos acima, o CEM Covid AMB recomenda manter a vacinação Covid em adolescentes no Brasil, e lamenta o conteúdo da Nota Informativa Nº 1/2021 SECOVID/GAB/SECOVID/Ministério da Saúde de 15/09/2021, que colabora para a desinformação e insegurança em relação à vacinação no país.

CEM COVID_AMB, 17 de setembro de 2021.

INTEGRANTES DO CEM COVID_AMB: amb.org.br/cem-covid/cem-covid/

Clique aqui para conhecer todos os Boletins emitidos pelo CEM COVID_AMB

Boletim 016/2021: COVID-19 no Brasil: vacinação e desafios inadiáveis

Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 – CEM COVID_AMB.

Desde os primeiros casos e óbitos por COVID-19 no Brasil se passaram 18 meses (1,5 anos). O impacto é devastador: mais de 21 milhões de casos notificados e estamos bem próximos de 600 mil mortes. O país ocupa o segundo lugar no ranking de óbitos em números absolutos em todo o mundo. Quanto aos casos, um em cada dez brasileiros já contraíram o vírus SARS-Cov-2.

É obrigatório registrar que, para além desse universo, temos uma legião de pessoas assintomáticas. Estudos em países que acompanharam essa população indicam que 18% a 33% permanecem sem sintomas o tempo todo. Há ainda os que contraíram formas leves de Covid leve e nem fizerem o teste. São grupos sobre os quais não existem estatísticas sustentáveis no Brasil.


Imunização

Após atraso considerável em relação à países desenvolvidos como Estados Unidos, Israel e Reino Unido – somente em meados janeiro de 2021 o Brasil iniciou timidamente a vacinação, mas os primeiros meses de imunização no país tiveram baixíssima velocidade, por falta de planejamento na aquisição internacional e de produção local das diversas plataformas de vacinas disponíveis no mercado. Apenas em abril de 2021, com mudança na política do enfrentamento e priorização da imunização, a aplicação de vacinas atingiu patamar adequado para a emergência de saúde pública vivida em território nacional.

Atribua-se à extrema efetividade e capilaridade do Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil chegarmos rapidamente à velocidade média de um milhão de doses ao dia e picos de mais de dois milhões, aumentando consideravelmente o percentual de brasileiros imunizados.

Como consequência do engrenar da vacinação, a partir de julho de 2021 a média móvel de óbitos por COVID-19 iniciou queda linear e sustentada, mantendo relação diretamente proporcional com o aumento da imunização populacional. Dados do Ministério da Saúde apontam redução de 67% da mortalidade quando comparado os meses de abril com agosto de 2021.

O Programa Nacional de Imunização (PNI) do Brasil utiliza até agora três plataformas de Vacinas COVID (mRNA, vetor viral e vírus inativado), de quatro fabricantes distintas com o percentual de doses distribuídas à saber: Oxford/AstraZeneca – vetor viral (47%), Coronavac – vírus inativado (35%), Pfizer – mRNA (15%) e Janssen – vetor viral (3%).

O que temos atualmente em grandes estudos observacionais de vida real (estudos de efetividade de fase 4), publicados com dados de milhões de pessoas em diversos países, incluindo o Brasil, são resultados homogêneos quando se avaliam os desfechos clínicos mais importantes: redução de hospitalização e óbitos, proteção em torno de 70 a 90% em favor dos vacinados quando comparados aos não imunizados na população em geral, mesmo no contexto atual de circulação das variantes de atenção, VOCs, Alfa, Gama e Delta.


Desafios

Assim, a efetividade das Vacinas COVID na redução de hospitalização e óbitos é demonstrada. Mas ao menos três desafios se colocam no presente momento para que os resultados do enfrentamento da pandemia sejam otimizados no Brasil.

O primeiro e mais importante desafio é completar o esquema vacinal daqueles que receberam apenas uma dose dos imunizantes Coronavac, Oxford/Astrazeneca e Pfizer, pois a imunização parcial é sub-ótima para a proteção contra casos leves e principalmente de COVID grave, em especial no contexto da circulação das variantes Gama e Delta no Brasil.

Dados oficiais apontam que apesar de 53 milhões de brasileiros estarem com o esquema imunizante completo, quase nove milhões de pessoas ainda não retornaram para a segunda dose das Vacinas COVID que demandam duas aplicações, e, portanto, não estão devidamente protegidos.

O segundo desafio é a circulação das variantes de atenção, VOCs, em especial da Delta, já circulando em distintas regiões do país, substituindo a VOC Gama, surgido aqui em dezembro de 2020. A VOC Delta tem como principal problema a alta transmissibilidade, cerca de 2 a 3 vezes maior que o SARS-COV-2 original. No Brasil a prevalência dessa variante passou de apenas 2,3% em junho para quase 40% em agosto de 2021.

A despeito de os estudos de vida real das vacinas COVID no Brasil evidenciarem boa efetividade na redução de episódios graves e óbitos, inclusive com a VOC Delta, medidas não farmacológicas de prevenção devem ser otimizadas no cenário de circulação dessa variante. É ação inadiável frente ao risco de explosão de casos e de maior chance de doença grave em não vacinados e eventualmente situações de falha vacinal.


Doses de reforço

O terceiro desafio é a menor efetividade das Vacinas COVID em idosos e imunossuprimidos, que já foi demonstrada de forma linear para todas as plataformas de imunizantes. Devido ao fenômeno conhecido como imunossenescência, idosos acima de 70 anos têm resultados menos efetivos de proteção contra quadros graves e fatais de COVID-19 do que a população em geral, principalmente após cinco a seis meses após a vacinação completa.

O mesmo fenômeno ocorre em indivíduos recebendo quimioterapia para câncer, medicações imunossupressoras, transplantados, pessoas vivendo com HIV/Aids com contagem de linfócitos T CD4 menor que 200 céls/mm e pacientes em hemodiálise.


Intercambialidade de vacinas

Em relação à intercambialidade, estudos em andamento buscam avaliar benefício de uma dose de reforço de Vacina COVID nessas populações mais vulneráveis. Até o momento, resultados dos ensaios científicos disponíveis apontam para a necessidade de dose extra nessas condições, posição adotada em nota técnica do Ministério da Saúde do Brasil em agosto, contemplando a população idosa e os imunossuprimidos, utilizando como imunizante de reforço vacinas de mRNA ou de vetor viral, preferindo a intercambialidade em relação ao esquema original.


Papéis do Estado e do cidadão

Os desafios da Vacinação COVID no Brasil também passam por temas como a equidade, imunização de crianças e adolescentes, entre outros. De forma geral, apesar da demora inicial na implementação de um programa realmente efetivo, graças à eficiência do SUS e da baixíssima recusa vacinal (2 a 4% das indicações) o cenário da pandemia no país é, nessa hora, de situação de menor impacto em termos de mortalidade, o que só se consolidará se a nação mantiver o ritmo adequado de imunização aliado ao pacote de prevenção não-farmacológico, uso de máscaras, higienização das mãos com água e sabão/álcool gel e distanciamento social.

São Paulo, 16 de setembro de 2021


INTEGRANTES DO CEM COVID_AMB: amb.org.br/cem-covid/cem-covid/