JAMB
DEZEMBRO DE 2002
2
DIRETORIA
P
RESIDENTE
Eleuses Vieira de Paiva
P
RIMEIRO
V
ICE
-P
RESIDENTE
Lincoln Marcelo Silveira Freire
S
EGUNDO
V
ICE
-P
RESIDENTE
Ronaldo da Rocha Loures Bueno
V
ICE
-P
RESIDENTES
Remaclo Fischer Junior, Flavio Link Pabst,
Ranon Domingues da Costa, Ricardo Saad,
Carlos D.A. Bichara, David M. Cardoso
Filho, Lúcio Antonio Prado Dias, José
Guerra Lages, J. Samuel Kierszenbaum,
José Luiz G. do Amaral.
S
ECRETÁRIO
-G
ERAL
Edmund Chada Baracat
1º S
ECRETÁRIO
Aldemir Humberto Soares
1º T
ESOUREIRO
Amilcar Martins Giron
2º T
ESOUREIRO
:
José Alexandre de Souza Sittart
D
IRETORES
:
Cultural
- Severino Dantas Filho;
Relações Internacionais
- David Miguel
Cardoso Filho;
Científico
- Fabio Biscegli
Jatene;
Defesa Profissional
- Eduardo
da Silva Vaz;
DAP
- Martinho Alexandre
R.A. da Silva;
Economia Médica
-
Marcos Pereira de Ávila ;
Marketing
-
Roque Salvador A. e Silva;
Saúde
Pública
- Samir Dahas Bittar;
Atendi-
mento ao Associado
- Ricardo de
Oliveira Bessa;
Proteção ao Paciente
-
Jurandir M.R. Filho;
Acadêmico
- Elias F.
Miziara;
Jamb
- Horácio José Ramalho.
D
IRETOR
R
ESPONSÁVEL
Horácio José Ramalho
E
DITOR
E
XECUTIVO
César Teixeira (Mtb 12.315)
D
IAGRAMAÇÃO
, E
DITORAÇÃO
E
A
RTE
Sollo Comunicação
P
UBLICIDADE
Américo Moreira Publicações
D
EPARTAMENTO
C
OMERCIAL
Fone (11) 3266-6800
T
IRAGEM
: 60.000 exemplares
P
ERIODICIDADE
: Bimestral
F
OTOLITO
:
B
UREAU
O
ESP
R
EDAÇÃO
E
A
DMINISTRAÇÃO
Rua São Carlos do Pinhal, 324
01333-903 – São Paulo – SP
Fone (11) 3266-6800
Fax (11) 3266-9412
E-Mail:
jamb@amb.org.brA
SSINATURA
Fone (11) 3266-6800, ramal 137
Anual R$ 36,00; avulso R$ 3,00.
As colaborações assinadas expressam
unicamente a opinião de seus autores,
não coincidindo necessariamente
com as posições da AMB.
Prestando
contas
habitual, ao final de cada ano, uma
pausa para reflexão sobre nossas
vidas. Avaliar com sensatez e honesti-
dade nossas ações e atitudes ao longo desses 365
dias que já se passaram. Essa forma de autocrítica
faz bem ao ser humano, pois embate-se contra
possíveis erros, rejubila-se com os acertos e
reconforta-se para metas não alcançadas.
Mais do que comum, é necessário e obriga-
tório em uma entidade de classe como a Asso-
ciação Médica Brasileira, uma satisfação - uma
espécie de prestação de contas - aos nossos
associados, apresentada resumidamente nas
páginas 6, 7 e 8 desta edição. Nesta profunda
autocrítica, realizada por toda a diretoria,
podemos afirmar que os nossos acertos foram
muito maiores que as nossas falhas. Na verda-
de, não seria justo afirmar que falhamos.
Talvez fosse mais adequado dizer que não atin-
gimos determinados objetivos, embora tivés-
semos nos esforçado corajosamente para
conquistá-los. É preciso ainda conceder o
devido desconto, já que muitas de nossas
metas não dependem exclusivamente do esfor-
ço e da vontade política da AMB.
Nosso desejo, por exemplo, era que as
escolas médicas brasileiras contassem com
estrutura e corpo docente adequados para a
formação de bons profissionais. Que todos
tivessem a oportunidade de cursar residência
médica, e não apenas 30% deles. No entanto,
continuamos convivendo com as escolas
médicas de qualidade ruim, que formam pés-
simos profissionais, que, por sua vez, colocam
em risco a vida da nossa população. Não
conseguimos, apesar das tentativas, êxito na
regulamentação deste importante segmento
para a saúde brasileira. Por isso, a AMB reali-
zou cinco fóruns regionais e um nacional, este
em São Paulo, para debater o assunto: em
Curitiba, Belo Horizonte, Belém, Brasília e
Salvador. Deles foram extraídas propostas que
oferecerão subsídios aos parlamentares para
votação do
projeto de lei apresentado pelas
entidades médicas nacionais visando
normatizar o setor.
Também gostaríamos de observar uma
convivência saudável na relação entre médicos
e operadoras de planos e seguro-saúde. Porém,
a transformação da assistência à saúde imposta
pelas empresas de saúde, através de regras vis e
ideologia obtusa, acabaram por corroer a rela-
ção até então existente. Essas empresas hoje,
sem nenhum constrangimento, tornam a arte da
medicina em comércio e o trabalho médico em
lucratividade.Apoderam-se da sua hegemonia
profissional, estabelecendo regras próprias,
para determinar como devem cuidar de seus
pacientes. A classe médica tem uma visão
humanista da medicina em relação aos seus
pacientes, por isso não aceita que as empre-
sas visualizem essa relação apenas como fonte
de lucro. Assim, se exigimos das autoridades
competentes que cumpram o seu papel de
investigar e regular o setor, é porque temos o
juramento de ser éticos e de zelar pela saúde
da população. Nosso otimismo na mudança
desse relacionamento é baseado na criação
de novas câmaras técnicas dentro daAgência
Nacional de Saúde Suplementar, fruto de
intensa mobilização não só da classe médica
como de entidades de defesa do consumidor,
no sentido de debater e propor soluções para
essa questão que vem corroendo a relação
médico-paciente.
Uma lista hierarquizada de procedimentos to-
talmente ética, que contemple todas as especia-
lidades e remunere dignamente seus serviços
profissionais, é a aflição e a expectativa de to-
dos os médicos brasileiros. É neste projeto que
a AMB, seu conjunto de Sociedades de Es-
pecialidade e o CFM trabalham há dois anos,
com maior intensidade neste último. Nossa
previsão é de que seja lançada no início de
2003, restando apenas definir aspectos como
estratégias para negociação e implantação,
regionalização e atualizações permanentes.
Esses assuntos serão prioridade de trabalho
da diretoria da AMB em 2003. Tenho certeza
que se trabalharmos com dedicação e contar-
mos com o apoio da classe os resultados
virão. Exemplos solidificados já não nos
faltam: a vitória sobre a MP 2177, que implan-
tava o Managed Care no Brasil; a aprovação
da “PEC da Saúde”, que vinculou novos
recursos ao setor público de saúde; a edição
da Portaria 1188, que, apesar das críticas,
reajustou valores na Tabela do SUS; o Projeto
Diretrizes, que tem como objetivo auxiliar a
decisão médica; a unificação das especialida-
des, tornando-as comuns entre AMB, CFM e
Comissão Nacional de Residência Médica;
a pesquisa sobre os piores planos de saúde, um
alerta à população sobre as empresas do setor.
Assim, ao final do próximo ano, quando reali-
zarmos nova autocrítica, com certeza, teremos
menos aflições e mais certezas.
Eleuses Vieira de Paiva
Presidente da AMB
CARTAS
Associação Médica
Mundial
A CONIB – Confederação
Israelita do Brasil, representante
oficial da comunidade judaica
brasileira, vem através desta con-
gratular-se com o presidente da
Associação Médica Brasileira
pelo apoio dado à Associação
Médica de Israel durante a 161
°
Sessão do Conselho da Associa-
ção Médica Mundial realizada
em Divonne-les Bains, França.
A aquiescência dada pela perma-
nência da AMI na Associação
Médica Mundial demonstra a
consciência moral da Associação
Médica Brasileira, entidade
mantenedora da doutrina e da éti-
ca tanto no exercício da profis-
são de médico como na vida, e
denota a preocupação de seus di-
rigentes com o envolvimento de
questões políticas ou religiosas
no exercício do direito de liber-
dade de expressão dos povos.
Agradecemos, mais uma vez, a
postura adotada diante da absur-
da tentativa durante a 161
°
Ses-
são da Associação Médica Mun-
dial e reiteramos os nossos votos
de estima e consideração.
Jack Leon Terpins
Presidente
Berel Aizenstein
Secretário-Geral
EDITORIAL
CIRCULAÇÃO: Dezembro/2002
Diretrizes
Agradeço o envio do livro “Pro-
jeto Diretrizes AMB/CFM”, proje-
tos como esse engrandecem e
valorizam cada vez mais a arte de
exercer a medicina.
Parabenizo a todos que contri-
buíram para a realização desse tra-
balho, que certamente muito contri-
buirá com os profissionais da área.
Aproveito o ensejo para reiterar
protestos de elevada estima e
distinta consideração.
José Luiz Gomes do Amaral
Presidente da Associação
Paulista de Medicina
Diretrizes II
Agradeço o envio do livro “Pro-
jeto Diretrizes”, ficou ótimo. Mais
uma vez quero parabenizá-los pela
idealização e concretização deste
projeto. Trata-se de um importante
marco dentro da medicina brasilei-
ra, que trará grande contribuição
para o atendimento aos doentes,
para o desenvolvimento técnico-cien-
tífico e para estruturação dos pro-
cedimentos. O esforço foi grande,
alcançou os objetivos e os resulta-
dos são certos.
Foi uma honra participar desta
atividade (Capítulo AVC); contem
comigo para outras tarefas e con-
tinuem com estes trabalhos.
Rubens José Gagliardi
São Paulo – SP