Mau uso de hormônios para fins estéticos e de performance é destaque da mesa-redonda sobre temas relevantes da Endocrinologia - AMB

Mau uso de hormônios para fins estéticos e de performance é destaque da mesa-redonda sobre temas relevantes da Endocrinologia

Na manhã do primeiro dia do 2º Congresso de Medicina Geral da Associação Médica Brasileira (AMB), a mesa-redonda “Hot Topics em Endocrinologia” trouxe os temas mais relevantes da especialidade.  O doutor em Endocrinologia Clínica Clayton Luiz Dorneles Macedo, coordenador do Departamento Exercício Físico e Esporte da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) falou sobre o mal uso sobre hormônios para fins estéticos e de performance. Ele explicou que os efeitos colaterais do uso de esteroides anabolizantes podem ser imprevisíveis e múltiplo, podendo chegar a 3,8 vezes o número de mortes violentas ou 2,8 vezes de mortes não violentas quando se compara os usuários com os não-usuários.

No cérebro, pode causar agressividade, depressão, ansiedade, violência. Ele pode causar adesividade, depressão, ansiedade, violência. Chamou a atenção para a divulgação feita sobre esses hormônios na internet, nas redes sociais, inclusive, o que tem contribuído para estimular que jovens, cada vez mais cedo, busquem os anabolizantes na ânsia por corpos bem definido. “Os efeitos colaterais do uso de esteroides anabolizantes podem ser imprevisíveis, múltiplos, graves e fatais. A mortalidade é três vezes maior em usuários desses hormônios”, alertou Luiz. Ele ainda ressaltou o uso de anabolizantes para fins estéticos é problema social, de saúde pública, que precisa de intensa fiscalização paras ser combatido.

Larissa Garcia Gomes, médica e pesquisadora da Disciplina de Endocrinologia e Metabologia da FMUSP, também participou do debate, abordando os aspectos metabólicos da terapia hormonal da menopausa, em que explicou que a terapia hormonal deve ser iniciada precocemente e o momento individualizado. Já Carolina Castro Porto Silva Janovsky, médica endocrinologista e coordenadora da Pós-Graduação Lato Sensu em Endocrinologia da Faculdade São Leopoldo Mandic, abordou a atualização em disfunção tireoidiana, que enfatizou a doença da tireoide aumenta o risco cardiovascular. O presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Paulo Augusto Carvalho Miranda, e o Delegado da Sociedade Brasileira de Diabetes na Associação Latino-Americana de Diabetes, Raimundo Sotero de Menezes Filho, foram os coordenadores da mesa-redonda.

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