AMB reforça compromisso com diversidade, equidade e inclusão no segundo dia da reunião do Conselho Deliberativo

O segundo dia da Reunião do Conselho Deliberativo da AMB, realizado nesta quinta-feira (4), em Natal (RN), teve como destaque a apresentação da 1ª Secretária da AMB, Dra. Maria Rita, que conduziu o informe da Comissão Nacional de Equidade, Diversidade e Inclusão (CONEDI-AMB). A médica mostrou avanços, desafios e propostas para fortalecer um ambiente mais justo, plural e acolhedor na medicina brasileira.

Logo na abertura, ela reforçou o propósito central da Comissão: “Construir um ambiente de assistência médica que represente a sociedade brasileira e acolha, de forma plena, todos os profissionais de saúde”, afirmou.

Diversidade, equidade e inclusão como pilares da prática médica

Durante a apresentação, a Dra. Maria Rita explicou os conceitos que fundamentam o trabalho da CONEDI-AMB. Ela destacou que a diversidade representa a multiplicidade de identidades e formas de ser que coexistem no mesmo espaço — como etnias, culturas, gêneros, orientações sexuais, crenças e perspectivas.

Segundo ela, reconhecer essas diferenças não é apenas um gesto simbólico:
“Falar em diversidade é entender que essas características são fontes de inovação, excelência profissional e melhores resultados para pacientes e equipes”, ressaltou.

Ao tratar de equidade, a médica sublinhou a necessidade de considerar diferenças individuais para garantir oportunidades reais. E lembrou: “Igualdade é dar o mesmo para todos; equidade é oferecer o que cada pessoa precisa para alcançar justiça.”

A inclusão, por sua vez, foi apresentada como a criação de ambientes onde todos possam estar, participar e se desenvolver plenamente. Isso envolve remover barreiras físicas, sociais, comunicacionais e atitudinais que impactam o exercício profissional e o acesso à saúde.

Importância estratégica para a medicina brasileira

A Dra. Maria Rita chamou atenção para o impacto direto da diversidade na qualidade da assistência, enfatizando que equipes diversas tendem a promover atendimento mais sensível e eficaz.
“Ambientes diversos e inclusivos aumentam o engajamento dos profissionais, melhoram a produtividade e elevam a satisfação de quem cuida e de quem é cuidado”, afirmou.

Ela também destacou os grupos prioritários que precisam ter maior representatividade na medicina: mulheres, negros(as), indígenas, pessoas com deficiência e a população LGBTQIAPN+.

Base legal e responsabilidade institucional

A apresentação trouxe ainda um panorama da legislação nacional e dos acordos internacionais que fundamentam a agenda de combate à discriminação — incluindo dispositivos da Constituição, a Lei 7.716/89 e convenções da OIT e da ONU.

Ao abordar iniciativas práticas, a Dra. Maria Rita defendeu a ampliação da participação das Federadas e Sociedades de Especialidade na CONEDI-AMB. Ela fez um chamado direto às entidades da AMB: “A mudança começa com representatividade. Precisamos que cada federada e sociedade indique um profissional que pertença a um dos grupos minoritários prioritários para fortalecer esse trabalho.”

Esses representantes, explicou, atuariam como elo entre as necessidades das entidades e a Comissão, contribuindo com propostas para políticas inclusivas.

Compromisso da AMB com a equidade

Ao final, a 1ª Secretária reforçou o compromisso da AMB com a transformação do cenário médico brasileiro: “Nosso objetivo é garantir que toda a população tenha acesso igualitário ao atendimento de saúde, com profissionais capacitados e ambientes de cuidado que respeitem a dignidade e a diversidade de todos.”

O tema foi amplamente elogiado pelos conselheiros presentes e consolidou a pauta da diversidade como um dos eixos estratégicos da entidade para os próximos anos.

Assessoria de Comunicação da AMB