Posição da AMB prevalece: velhice é vida
Às vésperas do fim de ano, após meses de articulação e protestos em redes sociais, a Organização Mundial da Saúde, OMS, decidiu retirar o código “Velhice” da Classificação Internacional de Doenças, CID, versão 11, o que vem ao encontro do pleito da AMB.
Desde setembro, a polêmica se arrastava, sendo que a AMB publicizou ser contrária à decisão da Assembleia Mundial de Saúde — órgão de governança que estrutura e apresenta as ações a serem cumpridas pela OMS — de instituir a velhice como doença na nova versão da CID.
À ocasião, César Eduardo Fernandes, presidente da AMB, expressou preocupação com tal possiblidade. Ressaltou que os inúmeros problemas de registros de doenças específicas e relacionadas à idade mais avançada simplesmente seriam catalogados como velhice, uma vez que assim passariam a ser considerados no Código Internacional.
“Essa é uma etapa da vida de todos nós. Há questões da saúde próprias da velhice; e uma série delas depende de o organismo atingir determinada faixa etária para se manifestar. Aliás, certas pessoas, mesmo nessa fase, não apresentam tais doenças. Então catalogá-las de forma simplista poderia trazer prejuízos tanto ao entendimento do que acontece na velhice quanto à elaboração de políticas de saúde baseadas em ocorrências por idade”