Presidente da AMB participou do Congresso Brasileiro de Medicina Farmacêutica - AMB

Presidente da AMB participou do Congresso Brasileiro de Medicina Farmacêutica

Na última sexta-feira (4), a Associação Brasileira de Medicina Farmacêutica (SBMF) promoveu o Congresso Brasileiro de Medicina Farmacêutica. O evento foi realizado presencialmente no Intercity Paulista, em São Paulo, e abordou temas como capacitação e regulamentação da Pesquisa Clínica, avanços digitais em Pesquisa Clínica, acesso atual às novas tecnologias em saúde, transparência na relação indústria farmacêutica e classe médica e o futuro da carreira em Medical Affairs na indústria farmacêutica.

          O Congresso contou, entre seus palestrantes, com a presença do Presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes, que participou do Módulo V: Transparência na relação indústria farmacêutica e classe médica. O debate também teve a colaboração de Carolina Palhares Lima, representante do Ministério da Saúde, e de Ana Carolina Cagnoni, da Interfarma.

          Durante o evento, o Presidente da AMB defendeu que a relação entre a indústria farmacêutica e a classe médica tem que ser transparente e pautada por princípios éticos, mas que é preciso buscar uma regulamentação.

“Nós não podemos aceitar propostas que estão sendo estudadas dentro do Ministério da Saúde que visem dar publicidade à remuneração que médicos podem ter por prestar serviços para a indústria farmacêutica. Nós achamos que isso é uma invasão de privacidade. Se existe a preocupação de que médicos estejam fazendo isso com infrações éticas, isso deve ser apurado, mas não através do médico que recebeu determinado valor pelo simples fato de ter prestado um serviço”, destacou César Eduardo Fernandes.

O Presidente da Associação Médica Brasileira ressaltou que gostariam de ser chamados a essa discussão e entender melhor as propostas do Ministério da Saúde nessa direção, para que médicos não sejam expostos. “Nós queremos transparência, queremos ética, mas queremos respeito também. Caso exista alguma infração, ela deve ser apontada. Se algum profissional da classe médica cometer alguma infração, que ele seja responsabilizado por isso. Nós não queremos encobrir nenhuma infração, mas nem por essa razão achamos que tudo o que o médico recebe deva ser evidenciado para conhecimento público”, conclui.