Unidade, força e representatividade: AMB apresenta novo modelo associativo nacional na reunião deliberativa

Associação Médica Brasileira (AMB) em Natal (RN), o secretário-geral da entidade, Dr. Florisval Meinão, apresentou uma reflexão estratégica sobre o futuro do movimento associativo médico no país. Em sua exposição intitulada ‘Novo Modelo Associativo para a AMB’, ele reforçou a urgência de uma integração definitiva entre Federadas e Sociedades de Especialidades como caminho para ampliar a unidade, a representatividade e a força política da classe médica.

O presidente da AMB, Dr. César Eduardo Fernandes, acompanhou a conclusão da reunião de modo online.

A AMB como Pilar da União da Medicina Brasileira

Logo no início de sua apresentação, Dr. Florisval reafirmou o papel histórico da AMB na consolidação do movimento associativo:

“A Associação Médica Brasileira tem importância fundamental para o movimento associativo médico, atuando como o principal pilar de união, representação e fortalecimento da classe médica no Brasil”, explicou Meinão.

Ele destacou que a solidez da AMB decorre da articulação de suas 27 Federadas e 54 Sociedades de Especialidades, que, juntas, garantem capilaridade nacional, peso institucional e interlocução qualificada com todas as esferas do poder público.

“A AMB não apenas representa a classe, mas apoia e fortalece a união de suas Federadas e Sociedades de Especialidades, promovendo a interação e a troca de experiências que ampliam a capacidade de atuação de todo o sistema associativo médico”, disse.

Integração plena: O coração do novo modelo associativo

O ponto central da proposta é intensificar a integração entre Federadas e Especialidades, superando barreiras históricas e assegurando uma estrutura representativa mais moderna e funcional.

Dr. Florisval citou o Artigo 75 do Estatuto da AMB, que determina que as Sociedades de Especialidades só podem admitir novos associados previamente vinculados a uma Federada. Segundo ele, a aplicação integral dessa diretriz é essencial para garantir unidade, coerência e sustentabilidade do sistema associativo.

Reforma Estrutural: Conselho Científico Deixa de Ser Consultivo e Passa a Ser Executor

Entre as mudanças mais significativas apresentadas está a reestruturação do Conselho Científico, que deixará de ser apenas consultivo para assumir um papel direto na execução das políticas científicas da AMB.

Principais mudanças propostas:

🔹 Novo Status – Órgão Executor

O Conselho Científico passa a ser responsável pela implementação das diretrizes e políticas científicas da AMB.

🔹 Criação da Diretoria Executiva do Conselho Científico

A nova diretoria será eleita junto com a Diretoria da AMB e incluirá:

  • Presidente do Conselho Científico
  • Secretário
  • 2º Secretário
  • Editor da Revista Científica da AMB – RAMB

🔹 Representação Proporcional das Especialidades

Os demais membros serão escolhidos pelas Sociedades de Especialidades, de forma proporcional ao número de associados, garantindo representatividade e equilíbrio para todas as áreas da medicina.

Atribuições Estratégicas do Novo Conselho Científico

Com autonomia ampliada, o Conselho Científico terá responsabilidades essenciais para o futuro da AMB:

  • Definir diretrizes científicas para o triênio e implementá-las junto a órgãos reguladores, como ANS, além de operadoras de saúde, hospitais e unidades assistenciais.
  • Designar os membros das Comissões Temáticas, como tabagismo, doenças crônicas e acidentes domésticos, coordenando suas atividades.
  • Normatizar e fiscalizar o processo de concessão do Título de Especialista da AMB, reforçando critérios técnicos e padronização nacional.

Uma AMB mais forte, unida e influente

Ao encerrar sua apresentação, Dr. Florisval enfatizou que o sucesso do novo modelo associativo depende do compromisso conjunto das Federadas e Especialidades em seguir uma mesma direção: a da unidade.

A proposta trazida em Natal aponta para uma AMB mais integrada, moderna e com maior capacidade de articulação, essencial para enfrentar os desafios da medicina brasileira e fortalecer a defesa da classe no Brasil.