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DENUNCIE TRANSFERÊNCIAS IRREGULARES

A transferência irregular para o Brasil de alunos que iniciaram os estudos em cursos de medicina no exterior é uma das formas de operação do esquema de compra de vagas que envolve diversas faculdades privadas, inclusive com conceito 4 e 5 no ranking do Ministério da Educação (MEC).

Caso você tenha conhecimento dessa ou outra prática ilícita à AMB pelo e-mail denuncia@amb.org.br. As informações serão apuradas de forma sigilosa, resguardando sua identidade e, depois, serão levadas aos órgãos responsáveis. Não deixe de informar a cidade e a instituição envolvida.

É papel de todos contribuir para que tenhamos um ensino médico de qualidade e sem irregularidades. Denuncie!

LUTA CONTRA O REVALIDA LIGHT CONTINUA

O retorno da Operação Vagatomia, cuja segunda fase foi deflagrada na semana passada, acalorou os debates sobre a revalidação de diplomas e os esquemas envolvendo faculdades particulares.

Assim, a classe médica está na expectativa da análise dos vetos do presidente Jair Bolsonaro aos artigos da lei do Revalida e da MPV do Médicos pelo Brasil que permitiam escolas privadas de revalidarem diplomas de medicina expedidos no exterior. O assunto deve ser avaliado por senadores e deputados federais em uma sessão conjunta no Congresso Nacional até o fim da próxima semana.

A AMB convoca toda a classe médica para sensibilizar os parlamentares sobre a importância da manutenção do veto presidencial. Médico, acesse a plataforma criada pelo CFM, envie um e-mail para o parlamentar de seu estado e faça sua parte na luta contra o Revalida Light: www.sistemas.cfm.org.br/emailparlamentares (link disponível também na nossa BIO).

ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

O atual reitor da Universidade Brasil, principal alvo da segunda fase da Operação Vagatomia, deflagrada nesta quinta-feira (13) pela Polícia Federal, é acusado de crimes como obstrução de investigação de organização criminosa e coação no curso do processo. Isso evidencia como é grave o esquema de compra de vagas envolvendo faculdades particulares, que vem sendo denunciado pela AMB.

Segundo a PF, ele teria ameaçado e intimidado testemunhas e uma colaboradora da investigação. Pais e alunos da UniBrasil também denunciaram o comportamento intimidatório do reitor. Vale lembrar que o antigo reitor da universidade foi preso na primeira fase da Vagatomia.

“Tudo isso mostra como o esquema de compra de vagas na revalidação de diplomas tem se estabelecido como uma verdadeira organização criminosa, capaz de qualquer coisa para defender os próprios interesses e totalmente alheia à qualidade do médico que vai atender a população”, avalia Diogo Sampaio, vice-presidente da AMB.

MEDICINA COM SERIEDADE

 

 

Se no Brasil decisões políticas equivocadas expõem o cidadão aos riscos de ser atendido por quem não comprovou capacidade técnica para exercer medicina no Brasil, nos Estados Unidos, o movimento vai na direção oposta.

Nem mesmo um médico renomado, convocado pela família de um paciente, pode realizar avaliações clínicas, mesmo que pontuais. Foi o caso do médico de confiança da família do apresentador Augusto Liberato, que faleceu nos Estados Unidos no final de novembro.

O neurocirurgião Guilherme Lepski relatou ao programa Aqui na Band e ao Jornal Metro que examinou o apresentador sem utilizar suas próprias mãos por uma questão ética. Leia:

“Em todos os países, com exceção do Brasil, exigem uma certificação enorme, provas, testes, para que o profissional de medicina possa atuar diretamente. Óbvio que era uma situação pontual. Eu tinha que fazer uma análise técnica a pedido da família, então as manobras que eu precisasse que fossem feitas, pedia para os funcionários do hospital. Uma pessoa expôs os olhos dele para mim para que eu pudesse ver os reflexos pupilares, que é uma questão muito importante. Não pude tocá-lo em nenhum momento”, relatou.

Recentemente, os Estados Unidos aumentaram as exigências para a revalidação de diplomas de médicos estrangeiros. A partir de 2023, só poderão fazer a prova na Comissão Educacional para Médicos Graduados no Exterior, realizar estágios ou trabalhar nos serviços de saúde americanos profissionais graduados em escolas credenciadas na Federação Mundial para Educação Médica.

A AMB continua trabalhando para reverter o movimento de flexibilização irresponsável das regras para revalidação de diplomas no Brasil e garantir a segurança do atendimento médico à população.