Brasília, urgente

ANS amplia cobertura para tratamento de autismo e outros transtornos

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) decidiu nesta quinta-feira (23) ampliar a cobertura dos planos de saúde para usuários com transtornos globais do desenvolvimento, como o TEA (Transtorno do Espectro Autista), informou a Folha de S. Paulo. A normativa começa a valer no próximo dia 1º de julho, quando passará a ser obrigatória a cobertura de qualquer técnica ou método indicado pelo médico assistente para tratamento de algum dos transtornos enquadrados na CID F84 (Classificação Internacional de Doenças).

O texto determina que as sessões ilimitadas com fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional e fisioterapeuta englobem todos os transtornos da CID F84. Para isso, foi ajustado o anexo 2 do Rol de Procedimentos da ANS, que lista o que é de cobertura obrigatória dos convênios. Em decisão recente, de 8 de junho, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) desobrigou as operadoras de custear procedimentos não incluídos na lista de cobertura da ANS. E um dos tratamentos mais afetados foi o das crianças com transtorno do espectro autista, já que muitas das terapias não constam na lista. Com a decisão, favorável às empresas, firmou-se o entendimento de que o rol da ANS é taxativo —e não exemplificativo.

Para a ativista Andrea Werner, mãe de um adolescente de 14 anos diagnosticado com TEA, a normativa representa um avanço para as famílias de autistas.Ela, contudo, enxerga também uma tentativa da ANS de desmobilizar o movimento contra o rol taxativo. O caso já chegou ao STF (Supremo Tribunal Federal), e um protesto organizado por diversas entidades está marcado para o próximo dia 29 no Congresso Nacional. 


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