A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciou nesta terça-feira (13) uma vistoria na fábrica da Fundação Ataulpho de Paiva (FAP) em São Cristóvão, na zona norte do Rio. Interditada há dez meses, a fábrica é a única no Brasil autorizada a fabricar a vacina BCG, contra a tuberculose, informou o portal G1. A Superintendência de Vigilância Sanitária do Estado do Rio também participa da inspeção, prevista para terminar na próxima quinta-feira (15).
A própria Fundação Ataulpho de Paiva (FAP) interditou o local em novembro do ano passado, após uma inspeção da Anvisa, que identificou que a unidade não cumpria normas de boas práticas de fabricação. Em nota, a FAP disse que todos os dados são sigilosos até a finalização do processo de vistoria da fábrica. Já a Anvisa informou que o objetivo da vistoria é verificar se a Fundação Ataulpho de Paiva cumpre duas resoluções da Anvisa. A RDC 654 dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Insumos Farmacêuticos Ativos. Já a RDC 658 é sobre as Diretrizes Gerais de Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos. Segundo a Anvisa, durante a semana os inspetores efetuarão as verificações necessárias, e após isto emitirão um relatório que descreve conclusivamente a situação da empresa.
De acordo com os procedimentos estabelecidos, o prazo máximo para a emissão do relatório de inspeção é de até 45 dias úteis, dadas as etapas envolvidas e complexidade técnica. Com a interrupção da produção nacional, o Ministério da Saúde passou a importar os imunizantes, e diminuiu a quantidade de doses enviadas aos estados e municípios. A distribuição mensal de doses da BCG aos estados passou a ser de 500 mil doses. No ano passado, a média mensal era mais que o dobro: 1,2 milhão de doses.