NK Consultores – O Brasil é o país com maior proporção de pessoas ansiosas no mundo: 9,3% da população, segundo a última estimativa global de transtornos mentais feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), informou o site Globo. Além disso, é o segundo das Américas com maior prevalência de depressão. Ainda assim, somente 5,1% dos brasileiros fazem tratamento com psicoterapia, uma indicação geralmente adotada como terapia primária para lidar com questões de saúde mental. Cerca de 19% chegaram a se consultar em algum momento com um psicólogo ou um psiquiatra no decorrer do último ano, porém a grande maioria não passou de cinco encontros. É o que mostram os resultados de uma nova pesquisa feita pelo Instituto Cactus, entidade filantrópica ligada à promoção do bem-estar psíquico, junto à AtlasIntel, empresa especializada em pesquisas e dados. As instituições criaram o Índice Instituto Cactus-Atlas de Saúde Mental (iCASM), um novo indicador para monitorar o tema no país a cada seis meses. Os dados da primeira edição, feita neste ano, mostram ainda que, dos poucos brasileiros que acessam a terapia, 43% começaram recentemente, há menos de um ano. Além disso, os que mais aderem à modalidade terapêutica são os jovens, estudantes, brancos, mulheres, com renda mais alta e maior escolaridade. A pesquisa destaca a diferença considerável entre a adesão à psicoterapia e o número de pessoas que fazem uso de medicamentos contínuos para problemas emocionais, comportamentais ou relacionados ao uso de substância. Segundo o levantamento, 16,6% da população, 1 a cada 6 brasileiros, faz uso de remédios, 77,7% há mais de um ano. “É possível observar um aumento da associação entre uso de medicamentos à medida que o indivíduo experienciou com mais frequência bullying, dor crônica, consumo de cigarros e briga com familiares. O mesmo foi observado entre pessoas que reportaram menor frequência de relações sexuais e se sentiram menos atraentes”, diz a pesquisa. Ana Carolina Peuker, pós-doutora em psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e CEO da Bee Touch, startup de saúde mental, diz que em alguns levantamentos costuma ver até uma prevalência maior de pessoas que usam medicamentos. Além da psicoterapia e dos medicamentos, os dados mostram que 11,9% dos brasileiros realizam tratamentos alternativos para a saúde mental, como meditação, ioga e fitoterapia – mais que o dobro daqueles que aderem à psicoterapia. Para acessar a matéria completa, clique aqui.