NK Consultores – Pela primeira vez, o Brasil atingiu números de transplantes semelhantes aos apresentados antes da pandemia da Covid. Em 2023, foram registrados 29.261 transplantes em todo o território nacional, maior número da história no país e 11% a mais que os procedimentos realizados em 2022, destacou matéria da Folha de S. Paulo. Os dados da última edição do RBT (Relatório Brasileiro de Transplantes) mostram ainda que as taxas de doadores e transplante de fígado, coração, córneas e células hepáticas foram recordes.Entre os transplantes que registraram recordes desde a pandemia, o de córneas aproxima-se da melhor taxa já obtida, no último ano foram feitos 78,8 procedimentos para cada 1 milhão na população (pmp), com 15.968 transplantes. No caso do fígado, foram 11,6 transplantes por milhão de população, o maior dado da história para o órgão e 16% a mais se comparado a 2022, totalizando 2.365 transplantes. O levantamento da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) mostrou que para o transplante cardíaco, há 48 equipes ativas no país. No entanto, constataram que estão má distribuídas pois nenhum dos sete estados da região Norte registrou crescimento significativo no transplante de coração. Ao todo, no Brasil, foram realizados 424 transplantes cardíacos em 2023, recorde histórico e 18% a mais se comparado a 2022. O pulmão também tem restrição geográfica para quem precisa de um transplante. O procedimento só é realizado em três estados: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. No último ano, inclusive, apresentou uma queda, foram realizados 78 cirurgias, 25% a menos que em 2022. Com o pâncreas não é muito diferente. O órgão que teve seus melhores números em termos de transplante em 2004, registrou uma taxa de 0,6 procedimentos por milhão de população, com 117 procedimentos realizados em 2023. Apesar de não ter atingido números recordes, a taxa de transplante renal se aproximou pela primeira vez ao patamar de 2019. Foram 6.000 transplantes do órgão realizados no último ano, um número de 29,8 por milhão de população, um aumento de 20% se comparado a 2022. O segundo órgão mais transplantado no país, no entanto, o rim atingiu um número inédito, foram 5.189 transplantes realizados por doadores falecidos. Com doadores vivos o cenário é diferente e ainda abaixo do atingido em 2019, foram 858 doações.Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina e São Paulo ultrapassaram os 40 transplantes renais por milhão de população.A taxa de doadores efetivos registrada no ano passado foi de 19,9 por milhão de população (pmp), apresentou um aumento de 18% se comparada à 2022. O número ficou, inclusive, acima da projeção para 2023, que era 19,4%. Portanto, no Brasil, de cada mil pessoas que morreram, 14,5 poderiam, no máximo, ser doadoras em morte encefálica e apenas 2,6 tornaram-se doadoras. Para acessar a matéria completa, clique aqui.