Brasília, urgente

Com pandemia, cirurgias eletivas têm queda de 25,9% no 1º semestre no País

Mesmo com o avanço da vacinação, a covid-19 ainda impacta o andamento das cirurgias eletivas no País, informou o jornal O Estado de S.Paulo nesta segunda-feira (13). Segundo um levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), os procedimentos tiveram queda de 25,9% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2019, no pré-pandemia.

O pico de infecções, o medo da população e dificuldade para atender a demanda reprimida estão entre os motivos para o problema. Mutirões para diminuir a fila estão entre estratégias adotadas por Estados e municípios, como a capital paulista.  

Os dados, do Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SIA-SUS), mostram que 4.186.892 procedimentos foram realizados nos primeiros seis meses de 2019. Neste ano, foram 3.099.006. A queda preocupa integrantes do conselho, que alertam para o risco de agravamento de doenças crônicas, até porque a redução também foi notada nas demais etapas do atendimento, como consultas e exames.

O levantamento apontou que o direcionamento de leitos para covid e a restrição de acesso aos hospitais resultaram em uma queda de 27 milhões no número desses procedimentos. A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados debaterá nesta terça-feira (14) a realização das cirurgias eletivas no Brasil.

O debate foi solicitado pelo deputado Emidinho Madeira (PSB-MG). O parlamentar destaca que, apesar de o Sistema Único de Saúde (SUS) ser uma das maiores políticas públicas de saúde do mundo, não tem conseguido atender a todas as demandas com a presteza necessária e a situação se agravou com a pandemia da Covid-19.          


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