Brasília, urgente

Comissão de Saúde debate sobre a Inovação de Processos de Logística na Telemedicina e Telessaúde

NK Consultores – Nesta quarta-feira (8), a Comissão de Saúde (CSAUDE) da Câmara dos Deputados promoveu debate sobre Telemedicina e Telessaúde – Inovação de Processos de Logística. O encontro ocorreu atendendo ao Requerimento 40/2023, da Deputada Adriana Ventura (Novo-SP).

Prof. Dr (PhD) Chao Lung Wen, Presidente da Associação Brasileira de Telessaúde e Telemedicina e Diretor da Cátedra de Telemedicina da USP – Universidade de São Paulo – iniciou informando que telemedicina e telesaúde não são sinônimos, destacou que a telemedicina surgiu na época da guerra fria e dos astronautas em que tinha que entregar saúde a essas pessoas nessas situações. A telesaúde surgiu no Brasil em três situações, primeira, quando foi criado em 2002, o Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telesaúde, o segundo, em sentido de Governo, foi criada através da Portaria 561/2006, com a Comissão Permanente de Telesáude – Ministério da Saúde; e depois com a Criação do Programa Nacional de Telesaúde, com a Portaria 35/2007, esses sistemas surgiram no SUS e induziu o sistema privado nos anos posteriores.

O professor explicou que o Brasil já possui resolução e portaria para explorar e aumentar a abrangência dos profissionais do SUS de uma forma contínua, porém não está sendo explorado tudo isso, porque foi na onda apenas da teleconsulta que é a menor parte, enquanto a maior parte é a meta para desenvolver na agenda de 2026/2030.

Informou que telemedicina não compete com saúde, porque hoje a telemedicina de logística e telesaúde são integradas, com o objetivo de aumentar a eficiência e redução de desperdícios, redução de sinistros e cuidados domiciliares com saúde conectada, e o grande objetivo é essa implantação na agenda de 2026/2030.

O Dr. Wen destacou também que o método que reduz a fila é a linha de cuidado contínuo, com as etapas de Personal e Care, que é o cuidado com as pessoas, atenção primária, cuidado integral, cuidado domiciliar, reintegração/reabilitação e a telesaúde no paliativo terminal, esse passos simplifica tudo em teleconsulta, mas é preciso dizer tudo o que está sendo feito. Alertou ainda que é preciso criar o cuidado biopsicossocial onde se cuida da doença da parte emocional e do cuidado global.

Mencionou a Lei 14681/2023, que instituiu a Política de Bem-Estar, Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho e Valorização dos Profissionais da Educação, assim é precisar entrar em todas as escolas com teleconsulta, teletriagem, monitoramento entre outros, e a saúde mental hoje é um dos grandes problemas.

Relatou que na estação de telesaúde é utilizado como estratégia à computação gráfica em 3D com objetivos de orientar os pacientes, e esse sistema só funcionará completamente com após a inserção na cultura.

O professor citou ainda que a grande preocupação do Brasil em relação a Europa é o alzheimer, pois a estimativa é de que os casos quase tripliquem até 2050, e a progressão da demência, em que 40% dos casos são causados por obesidade, inatividade física, diabetes, e outros maus hábitos, evitar isso seria fundamental, a partir de uma boa estratégia.

Lembrou que a Portaria GM/MS 1604/2023, já regulamenta a Política Nacional Especializada em Saúde (PNAES) no âmbito do Sistema Único de Saúde, onde compreende os serviços de reabilitação, serviços de atenção domiciliar, serviços de atenção psicossocial, então essas normas conseguem subsidiar todo o processo e dá o devido encaminhamento.

Segundo ele, é preciso olhar os hospitais como algo amplo, com uma cadeia de cuidados integrados hospitalar, e isso seria possível com logística. Para ele, com a inovação é possível gerar valor para enfrentar os desafios da saúde, e com a união de uma Rede de hospitais conectados agilizaria todos esses processos, e se com o uso da teleconsulta e telemedicina aumentar a rede em 20% ou 25%, quantos leitos estaria colocando a disposição do SUS, com a recriação de todo um processo de algo positivo, indagou.

Destacou que a através da telemedicina houve a redução de mortes nas UTIs do Hospital das Clínicas em São Paulo, e também nos casos de Covid, e isso ocorreu devido à estratégia bem executada.

Finalizou dizendo que no futuro será preciso pensar em um ecossistema de hospitais interconectado com a criação da nuvem de Telesaúde, interligado com escolas, casas inteligentes e centrais de telemonitoramento, estações de telesaúde, essa é uma nova visão através de um trabalho contínuo.


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