Dados de saúde, que incluem uma seleção de informações pessoais e clínicas, valem por volta de 25 vezes mais em transações de mercados clandestinos em comparação com material financeiro, diz um novo levantamento da consultoria PwC em matéria do portal O Globo.
Contando com a participação de 3,2 mil executivos das áreas de segurança, negócios e tecnologia e especialistas espalhados por 90 países incluindo o Brasil. Segundo os pesquisadores alta cotação para conteúdo do tipo é relacionada à sua complexidade, que diferente de outras informações comercializadas ilegalmente, como CPF, registros de saúde geralmente são por natureza cruzados.
A ficha de um paciente pode dar acesso não apenas aos exames realizados como a filiação, números de documentos, endereço, entre outros dados. O resultado é um retrato completo. A mesma análise — que avalia o comportamento global sobre o tema — aponta que quase metade (48%) dos executivos brasileiros da área da saúde aumentaram o orçamento da área cibernética neste ano.
A decisão é fundamental para a subsistência e evolução do negócio. Isso porque uma pesquisa de 2019 da mesma consultoria mostra que 50% dos executivos do setor no país afirmam que a preocupação com a cibersegurança e a privacidade prejudica estratégias digitais. Ou seja, com o receio de abrir as portas para invasores, novos projetos podem ficar engavetados.
O avanço da telemedicina fez a preocupação com o tema ainda mais importante. De acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), já foram realizadas, ao menos, 4,2 milhões de teleconsultas no Brasil, desde o começo da pandemia, até a agosto. O número leva em conta operadoras de saúde que atendem, ao todo, 9 milhões de pessoas.
Mundo afora, a prática de atendimento à distância recebeu avaliação positiva. Dados apresentados no mesmo levantamento da PWC, mostram que a maioria das pessoas que utilizaram serviços de atendimento virtual ao longo da pandemia voltariam a fazê-lo, mesmo após o fim da epidemia. Ao todo, 83% dos respondentes afirmaram que falariam com o médico ao telefone, 81% usariam aplicativo para celular e 80% e-mail. Para acessar a matéria completa, clique aqui.