NK Consultores – Recém-empossado como diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Roberto de Almeida Gil defende maior integração com o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) para prevenir e combater o câncer no Brasil. Avançar na vacinação contra o HPV também deve ser prioridade. Em entrevista ao JOTA, Gil traça prioridades para a gestão, entre elas, a maior proximidade com o Ministério da Saúde e a manutenção do padrão de qualidade na assistência, ensino e pesquisa. “Somos um instituto nacional, formulador de políticas públicas para o Brasil.” Entre as medidas de prevenção, o oncologista destaca as principais.

“Falamos de exercícios, alimentação, possibilidades de tratamento contra doenças indutoras de câncer, vacinação contra HPV, rastreamento de câncer ginecológico…”, disse. A vacina contra HPV, a infecção sexualmente transmissível (IST) mais comum no mundo, é a única no mundo a proteger contra diferentes tipos de câncer. A versão quadrivalente está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, além de imunossuprimidos até 45 anos. Um novo imunizante contra HPV, na versão nonavalente, chegou à rede privada no Brasil neste mês e também previne contra o câncer de orofaringe. As taxas de vacinação no Brasil, porém, estão muito abaixo da meta. A ciência tem trabalhado para ampliar as fronteiras com novos tratamentos contra o câncer, que podem ser benéficos, sobretudo, quando há diagnóstico tardio.

Um deles é o CAR T Cell, que modifica células de defesa do próprio paciente para combater tipos de câncer sanguíneo, como mieloma múltiplo e linfoma. O diretor-geral do Inca pondera que o alto custo da terapia — em torno de R$ 400 mil por pessoa — traz impeditivos à utilização em larga escala, uma vez que o sistema de saúde não teria como suportar os custos. Para acessar a matéria completa, clique aqui.