Brasília, urgente

Em expansão na pandemia, setor aeromédico movimenta R$ 750 milhões por ano no Brasil

NK Consultores – O setor aeromédico movimenta cerca de R$ 750 milhões por ano no Brasil, segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Operações Aeromédicas (Aboa) a pedido do Broadcast, destacou matéria do Estado de S. Paulo. Atualmente, 450 aeronaves, em média, são autorizadas a realizar esse tipo de transporte no País, sendo 10% operadas pelo poder público e 90% pelo privado. Apesar do custo alto, especialistas enxergam espaço para o segmento crescer após disparada da demanda na pandemia e novas regulações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que passaram a vigorar no ano passado. O setor aeromédico realiza dois tipos de serviços. O primeiro deles é o resgate, que consiste no atendimento a vítimas de acidentes. Até 2022, só instituições públicas podiam realizar esse tipo de viagem. Após as atualizações regulatórias promovidas pela Anac, as empresas de táxi aéreo também podem promover resgates desde que tenham as autorizações necessárias, mas a maioria das operações continuam a ser realizadas por órgãos como o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar. As companhias do setor focam principalmente nas viagens de remoção hospitalar, levando um paciente de um ponto para outro, e transporte de órgãos, por exemplo. Na contramão das linhas comerciais, o setor aeromédico teve maior demanda durante a pandemia, segundo a sócia-fundadora do escritório especializado em direito aeronáutico Leal Andreoli Advogados, Roberta Andreoli. “Foi necessário estabelecer uma estrutura para as remoções e as empresas de táxi aéreo se mobilizaram para isso”, afirma a especialista, que atua também como diretora jurídica da Aboa. A Líder Aviação, que opera há cerca de 50 anos no segmento, contabilizou um aumento de 400% na busca por transporte aeromédico na pandemia, de acordo com a diretora superintendente da companhia, Bruna Assumpção. A executiva relata que, nesse período, as aeronaves ficaram configuradas para os serviços de remoção hospitalar. “Atualmente, as habilitadas para esse tipo de transporte são adaptadas com os equipamentos médicos de acordo com a demanda em um processo que dura cerca de duas horas”, afirma. Com as estruturas já estabelecidas e viagens aeromédicas mais difundidas, o setor se mantém aquecido mesmo com o fim da pandemia. “É um mercado em ascensão”, diz Fábio Falkenburger, sócio do escritório Machado Meyer Advogados. Para ele, o tamanho do Brasil e a concentração de unidades de saúde de referência em grandes centros impulsionam a demanda. A contratação de remoções hospitalares por pessoas de maior poder aquisitivo é mais um fator citado pelo advogado. Roberta, do Leal Andreoli Advogados, também vê potencial de expansão, mas pondera que “a maioria da população não tem acesso a esse tipo de serviço” por causa do custo alto. Para acessar a matéria completa, clique aqui.


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