A utilização da telemedicina, que consiste na realização de consultas médicas de maneira virtual, atingiu o pico no Brasil em 2021, segundo dados da pesquisa inédita divulgada, nesta terça-feira (5), pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), informou a CNN Brasil. Pelo menos metade da população brasileira realizou serviços de saúde online nos últimos doze meses.
De acordo com o levantamento, a telemedicina foi mais utilizada entre as pessoas de maior renda, classes A e B. O grupo representa 42% de todas as pessoas que fizeram consultas online. Logo em seguida aparecem as classes C, com 22%, e as classes D e E, com 20% da demanda. A pesquisa contou com a participação de 5,5 mil pessoas acima de 16 anos. Os dados indicam que 82% dos usuários das classes A e B foram atendidos online na rede privada, enquanto 78% dos usuários das classes D e E fizeram uso da telemedicina na rede pública. A pesquisa também mostra que quase 40% dos brasileiros que utilizaram o serviço possuem ensino superior.
Já os outros beneficiados dos atendimentos online finalizaram o ensino médio (22%) e o fundamental (21%). A telemedicina foi regulamentada pelo governo federal durante a pandemia de Covid-19, com o intuito de evitar aglomerações e, consequentemente, a transmissão do vírus. A determinação teve início a partir de abril de 2020.