Brasília, urgente

Indústria de equipamentos médicos recupera patamar de produção anterior à pandemia

A indústria nacional de equipamentos médicos voltou a crescer no ano passado, informou o portal Medicina S/A. O desempenho industrial como um todo, que corresponde à soma da receita líquida de vendas, acrescida das receitas operacionais de 2021, ficou em R$ 17,9 bilhões, representando uma alta de 36% na comparação com os R$ 13,2 bilhões registrados em 2020 e incremento de R$ 4,7 bilhões em valores nominais. É o que aponta o relatório setorial da ABIMO – Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos 2020/2021.

Com relação ao comércio exterior do setor, 2021 registrou déficit de US$ 4,1 bilhões na balança comercial, o maior dos últimos tempos, como tem acontecido, ano após ano – em 2020, o resultado negativo havia sido de US$ 3,84 bilhões. O consolidado de 2021 é resultante de importações no valor de US$ 4,921 bilhões, contra US$ 784,4 milhões de exportações. As vendas ao mercado externo ficaram estáveis, com pequeno decréscimo de 1,6% no mesmo período. As importações do subgrupo de material de consumo chegaram a US$ 1,6 bilhão em 2021, quase o mesmo valor do ano anterior, porém, com 12% a mais em termos de quantidade, o que enseja importação de bens de menor preço unitário.

“A balança comercial do setor de dispositivos médicos é deficitária em termos históricos. As razões são muitas, mas seria possível destacar a questão da importância da participação das empresas multinacionais em equipamentos de alta complexidade. Normalmente, essas máquinas e equipamentos são criados em grandes centros de pesquisa e desenvolvimento que ficam em países considerados ricos — é mais fácil inovar em suas bases. Os fatores de produção e os centros de pesquisa e de desenvolvimento estão lá instalados”, comenta Paulo Henrique Fraccaro, superintendente da ABIMO. 


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