Com o crescimento das operadoras verticalizadas, crise econômica e inflação médica nas alturas, os planos de saúde com cobertura regional crescem num ritmo mais acelerado e já representam a maior fatia do mercado, destacou matéria do Valor Econômico. Das 49,6 milhões de pessoas que possuem convênio médico, 39,5% têm um produto com abrangência nacional – cujo preço é em média 40% superior.
A outra parcela de cerca de 60% tem plano de saúde com atendimento limitado a determinadas praças. Nesse cenário, hospitais e operadoras vêm investindo cada vez mais em produtos com uma rede de atendimento regionalizada. Já há até projetos de planos de saúde setorizados por bairros da capital paulista. A maior parte dos usuários (21,6 milhões) está concentrada em planos com cobertura em um grupo de municípios, uma vez que muitas cidades pequenas não oferecem todas as especialidades médicas. Nos 12 meses encerrados em junho, esse segmento cresceu 3,17% enquanto o volume de clientes com convênio nacional aumentou 2,83% para 19,6 milhões, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Segundo a legislação, os convênios médicos precisam ofertar, no mínimo, uma rede de atendimento municipal. Há opções de produtos de abrangência nacional, estadual, municipal e por grupos de Estados ou cidades. “Até 2017, o mercado de planos com cobertura nacional era maior, depois os números ficaram parecidos. Já na pandemia, o crescimento dos regionais foi maior e hoje já há mais usuários com esse tipo de produto”, disse Marcos Novais, superintendente-executivo da Abramge.