Brasília, urgente

Máscaras começam a sumir de linhas de produção nacionais

A centenária Lupo, a maior fabricante nacional de máscaras de proteção contra a covid-19, decidiu suspender a produção do acessório no seu parque fabril de 130 mil metros quadrados, com unidades em Araraquara (SP) e Itabuna (BA), apurou a Folha, publicou em matéria o  Valor Econômico.

Outras fabricantes, como a gaúcha Fiber Knit, tomaram a mesma iniciativa. Até agora, a empresa vendeu 4,5 milhões de unidades. Antes especializada na fabricação de cabedal para calçados, a Fiber Knit viu nascer nas máscaras um novo mercado. Mas a demanda diminuiu a partir de novembro, reacendeu em janeiro com a ômicron e, em fevereiro, voltou a cair, levando a empresa a suspender a produção, feita em impressora 3D e com garrafas PET como matéria-prima. ’A queda nas vendas de máscaras já era esperada’, diz Thiago Dal Pizzol, diretor da Fiber.  

A Raia Drogasil, a maior rede nacional de farmácias, com cerca de 2,5 mil lojas espalhadas pelo país, informou à Folha que o pico de vendas de máscaras se deu entre janeiro e abril de 2021. E que a partir de então as vendas se ’estabilizaram’. Ainda assim, informou a empresa, as vendas de fevereiro deste ano foram 13% superiores às de fevereiro do ano passado. A filial da multinacional americana 3M, por sua vez, com fábrica em Itapetininga (SP), disse à Folha que reajustou a produção da sua máscara PFF2 perante o recuo de 25% na demanda. ’A empresa mantém seu fornecimento normalizado para os clientes dos segmentos profissionais, pouco impactados pela não obrigatoriedade de uso de máscaras para a população em geral, definida recentemente por governos’, informou, em nota.

A companhia, que não divulga os números locais de produção, disse apenas que, globalmente, aumentou sua capacidade para atingir 2 bilhões de máscaras produzidas ao ano -quatro vezes o montante fabricado antes da pandemia. ’No Brasil, a empresa aumentou em três vezes o volume de sua produção de máscaras para atender a demanda’, informou.


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