A
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo autorizou, nesta terça-feira
(29/6), a isenção de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e
Serviços) a materiais médico-hospitalares destinados ao tratamento da Covid-19.
São stents (espécie de mola que ajuda a desobstruir artérias), espirais
anti-coágulos, clipes venosos, entre outros, que chegarão mais rápido aos
hospitais para salvar vidas.
Pelo Projeto de Decreto
Legislativo 49/2021, da Mesa Diretora, os materiais serão
acrescidos a uma lista de produtos isentos de ICMS que vigora desde 1999, em
acordo com outros Estados e a União. Esse tratado é feito no Confaz (Conselho
Nacional de Política Fazendária), que recentemente ganhou novas regras para
facilitar a adoção de políticas públicas tributárias.
“Hoje, mais uma vez, nós votamos um projeto de extrema importância para a
população paulista, que foi mais um benefício fiscal para as vítimas da
Covid-19, que são equipamentos cirúrgicos usados no tratamento contra a doença.
É mais uma medida para facilitar a entrega desses materiais e salvar vidas da
população”, disse o presidente da Alesp, deputado Carlão Pignatari.
A deputada Professora Bebel (PT), que votou a favor da proposta, disse que sua
bancada foi favorável “à luta para que se tenha saúde pública e que se
garanta os insumos para que os acometidos pelo coronavírus sejam
atendidos”.
Após publicação do decreto, a isenção do imposto valerá de maneira retroativa
com efeitos a partir de 1º de junho de 2021. Já os demais terão efeito a partir
do primeiro dia do segundo mês subsequente ao da ratificação, em relação aos
demais dispositivos.
Recentemente, a Assembleia paulista autorizou também, através dos PDLs 45/2021
e 46/2021, a isenção de ICMS para compra de insumos e equipamentos por
hospitais públicos, entidades beneficentes e fundações privadas de saúde que
atendem o SUS (Sistema Único de Saúde), além de clínicas que prestam serviços
de hemodiálise.
Na época da aprovação, o líder do governo na Casa, deputado Vinicius Camarinha
(PSB), afirmou que o governo reconhece a importância da isenção de impostos
durante a pandemia. Na avaliação dele, a iniciativa “demonstra que além da
vacina e da assistência à saúde, a redução de impostos de medicamentos é uma
prioridade”.
A participação do Legislativo neste processo se dá através da Lei 17.293,
responsável por buscar o ajuste fiscal e o equilíbrio das contas públicas. A
matéria estabelece que as isenções só poderão ser concedidas após a
manifestação do Parlamento paulista. Produtos entraram para lista de isenções
ao setor que vigora desde 1999 em parceria com Estados e a União.
Fonte: Rede Alesp