Brasília, urgente

Piso da enfermagem: Planalto tem até quinta-feira para definir sanção ou veto

Termina na quinta-feira (4/8) o prazo para o Palácio do Planalto sancionar ou vetar o projeto de lei (PL) 2564/2020, que fixa o piso salarial da enfermagem, informou o site Jota. A matéria, que foi enviada para sanção pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) em julho, sofre pressão de entidades para ser barrada, devido à indefinição de fontes de financiamento.

O projeto de lei prevê que enfermeiros de todo o país, contratados em regime de CLT, terão de receber, no mínimo, R$ 4.750 mensais. Já o piso de técnicos de enfermagem será de R$ 3.325; e o de auxiliares e de parteiras, R$ 2.375. Grupos de hospitais e entidades filantrópicas temem que os centros médicos não consigam arcar com o novo piso salarial. De acordo com a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), o projeto teria um impacto de R$12 bilhões para as instituições privadas. O setor busca reuniões com parlamentares para discutir o tema e evitar uma crise financeira.

O Planalto ainda não definiu possíveis vetos, apesar de não ter descartado essa ideia. Deputados que defendem a aprovação citam alternativas para custear os novos salários desde abril, porém nenhuma delas está decidida. Na tentativa de dar segurança jurídica ao PL, o Congresso promulgou uma proposta de emenda à constituição (PEC), em 14 de julho. O texto do projeto teria invadido atribuição de estados e municípios ao fixar salários sob responsabilidade dos entes subnacionais. A aprovação da PEC foi vista como um passo importante, mas não suficiente para tornar efetiva a criação do piso nacional de enfermagem.  


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