Brasília, urgente

Poliomielite: Brasil completa 34 anos sem a doença, mas risco da volta é alta pela baixa adesão vacinal, alerta governo

NK Consultores – Também conhecida como paralisia infantil, a poliomielite teve seu último caso registrado no Brasil há 34 anos, destacou matéria do jornal O Globo. Segundo o Ministério da Saúde, foi antes até mesmo do último registro da doença no continente americano. A conquista foi possível graças às ações de vacinação em larga escala, que conferiram aos brasileiros a certificação de eliminação da doença. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1975, antes da vacinação generalizada, quase 6 mil crianças ficaram paralisadas nas Américas, em razão da poliomielite.

Há preocupação, no entanto, com a reintrodução do vírus diante da atual baixa cobertura vacinal contra a doença. Infelizmente, de 1989 para 2023, houve uma mudança significativa. Desde o final do ano passado, notícias sobre um retorno da doença tem alertado a população mundial. Os Estados Unidos registraram o primeiro caso em quase uma década, amostras do vírus voltaram a circular em águas de esgoto do Reino Unido e, no Brasil, a adesão pela vacinação ficou muito abaixo do esperado. Entre agosto e setembro, por exemplo, foi realizado pelo Ministério da Saúde uma campanha nacional de vacinação contra a pólio, porém a taxa ficou abaixo de 70%, bem inferior à meta da pasta de imunizar 95% das crianças abaixo de cinco anos — segundo o governo, em 2022, o percentual de vacinação foi de 72%. No ano anterior, 2021, foi menor ainda, pouco menos de 71%.

De acordo com um levantamento do estudo VAX*SIM, da Fiocruz, que analisa a imunização dos menores de cinco anos, apenas duas a cada cinco crianças brasileiras estavam protegidas contra a paralisia infantil no final de 2022. O poliovírus, causador da poliomielite, é considerado erradicado no Brasil desde 1994. Porém, em 2020, o relatório da Comissão Regional para a Certificação (RCC) da Erradicação da Poliomielite nas Américas (Opas/OMS) expressou preocupação com a possibilidade de reintrodução do patógeno no país e o colocou na lista de alto risco para a doença, ao lado de Bolívia, Equador, Guatemala, Haiti, Paraguai, Suriname e Venezuela. Para acessar a matéria completa, clique aqui.


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