Após dois meses de alta, a produção de farmoquímicos e farmacêuticos caiu 14,1% em junho, frente a maio, segundo os dados divulgados nesta terça-feira (02) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), informou o Valor Econômico.

Esta foi a atividade de maior peso para explicar o recuo de 0,4% da indústria geral em junho, ante maio, quando se considera a avaliação por segmentos de atuação. Nos meses de abril e maio, a produção de farmoquímicos e farmacêuticos teve alta acumulada de 5,3%. “Há nesse segmento uma maior volatilidade de taxas. No início do ano, houve queda na produção dos produtos farmoquímicos e farmacêuticos e, em abril e maio, ocorreu essa alta. Com o crescimento acumulado, o segmento tinha uma base de comparação mais elevada, o que justifica essa retração de dois dígitos”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo.

O segundo maior impacto para o resultado de junho foi de coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis, com queda de 1,3%. Em seguida, vieram máquinas e equipamentos (-2%), metalurgia (-1,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,8%). Para além de questões específicas de um segmento ou outro de atividade, Macedo ressaltou a influência da conjuntura econômica para o desempenho da indústria brasileira em junho e ao longo de 2022. De um lado, restrições de oferta e, do outro, de demanda.