Brasília, urgente

Programa Nacional de Imunizações completa 50 anos em meio a desafios

NK Consultores – Controlar os casos de sarampo, tuberculose, tétano e poliomielite e reduzir as mortes de crianças no país foi o principal motivo para a criação, em 1973, do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que completa 50 anos nesta segunda, dia 18, destacou reportagem do jornal O Globo. Em 1940, a mortalidade de brasileiros de até 5 anos chegou a ser de 212 a cada mil. Dez anos após a criação do PNI, a mortalidade infantil já era 50% menor. Nestas cinco décadas de atuação, o programa acumula feitos como a erradicação da varíola humana, rubéola e poliomielite, mas vem enfrentando desafios com a ascensão de movimentos antivacina. O êxito do PNI é reconhecido internacionalmente, tendo levado especialistas do país a serem convidados para contribuir em campanhas de vacinação em outros países. Após sua fundação, a expectativa de vida no Brasil saltou de 57 anos, em 1970, para 76, em 2019. Os anos de trabalho do programa reduziram a taxa de morte de crianças para 14 a cada mil em 2019. Nos últimos anos, contudo, a adesão às vacinas previstas no PNI despencou. O país não atinge a meta de vacinação preconizada pelo Ministério da Saúde, que varia de 90% a 95%, há quatro anos. A baixa vai desde a campanha anual contra a Influenza (o vírus da gripe), que não alcançou 70% do público-alvo neste ano, até doenças que ameaçam retornar ao Brasil, como a própria pólio. Enquanto a meta preconizada pelo ministério é de 95% do público-alvo imunizado para manter a poliomielite sob controle, em 2022, apenas 77,2% foram protegidos. Até setembro deste ano, a cobertura estava em 54,4%. Segundo dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), a última vez que o Brasil alcançou a meta foi em 2015, e a marca de 80% não é ultrapassada desde 2019. A doença foi erradicada no país em 1989. Mesmo com o avanço da cobertura vacinal caminhando a passos lentos, a secretária de Vigilância em Saúde do ministério, Ethel Maciel afirma que os indicadores estão começando a mudar. Um exemplo é a adesão à vacina contra o papilomavírus humano (HPV), que, segundo ela, aumentou em 80% do ano passado para cá. A titular diz que a melhora superou suas expectativas e acredita que os dados são sinalizadores de que “as estratégias estão funcionando”. No total, hoje, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece 20 vacinas gratuitamente à população, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Por mais que reconheça que ainda há muito trabalho a ser feito para retomarmos os antigos patamares das coberturas vacinais, a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi, tem uma boa expectativa acerca da vacinação no Brasil nos próximos meses. Para acessar a matéria completa, clique aqui.


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