Brasília, urgente

Rol exemplificativo levaria sistema a colapso em três anos, diz presidente de associação

O presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Renato Casarotti, fez uma previsão ao JOTA sobre uma eventual mudança da extensão do rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “Caso a lista seja considerada exemplificativa, muitas das empresas não vão suportar. E isso não levará muito tempo. Em três anos os efeitos já serão sentidos. Pode haver um colapso”, afirmou Casarotti em entrevista nesta quarta-feira (6/7). Desde a semana passada, um grupo de trabalho (GT) criado na Câmara dos Deputados discute regras relacionadas a planos de saúde.

A iniciativa é uma resposta do Legislativo ao julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que considerou no início de junho o rol de procedimentos como taxativo, com algumas exceções. Inicialmente, o prazo para entrega de relatório do GT era de 90 dias. Na primeira reunião, realizada semana passada, no entanto, ficou claro que a pressão da sociedade falaria mais alto. Grupos ligados a pacientes insistem para que o resultado do GT fique pronto em 10 dias. Ontem, uma proposta foi preparada, mas descartada pelo grupo. A expectativa é a de que em um novo encontro uma nova minuta seja apresentada. Casarotti afirma que a Abramge pediu para participar do debate, mas não foi atendida.

“Recebemos em resposta a sugestão de que enviássemos os dados para o grupo”, contou. O GT tem um ponto essencial: a classificação da lista de procedimentos obrigatórios. Outros temas podem até mesmo ser discutidos, mas de forma secundária.


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