Brasília, urgente

Saúde: senadores defendem atenção primária e vacinação em audiência com Nísia

NK Consultores – Priorizar a saúde primária, a política de prevenção com a valorização da vacinação e agilizar a fila das cirurgias eletivas estiveram entre as principais defesas apresentadas pelos senadores durante audiência pública com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta quarta-feira (25), informou a Agência Senado. No debate, promovido pelas comissões de Assuntos Sociais (CAS) e Direitos Humanos (CDH), a gestora ainda respondeu questionamentos sobre as posições da pasta em relação à legalização do aborto e à discriminalização das drogas. Em quatro horas de audiência, a ministra informou que a agenda prioritária do ministério é ampliar e fortalecer a atenção primária, expandir a assistência especializada, garantindo o princípio da integralidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, ela esclareceu que é fundamental preparar o Brasil para futuras emergências sanitárias e climáticas, e com esse objetivo, o governo tem investido na ampliação do Complexo Industrial da Saúde e na expansão da saúde digital. Somente para 2023, a pasta obteve um incremento orçamentário de R$ 30 bilhões, graças, segundo a ministra, à aprovação da PEC da Transição. Na avaliação da senadora Zenaide Maia (PSD-RN), a prioridade número um da saúde no Brasil é o atendimento primário. Para ela, a prevenção, com a retomada do Programa Mais Médicos e a valorização da ciência e da vacina, são as principais medidas a serem trabalhadas pela pasta. Ainda como frente prioritária da pasta, Nísia Trindade defendeu a autossuficiência nacional na produção de insumos para a saúde. Ela considera fundamental o fortalecimento do complexo econômico-industrial da área, com a retomada do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde (Geseis), que engloba as empresas que produzem e fornecem matérias-primas, medicamentos e equipamentos para a rede médico-hospitalar brasileira. Alguns senadores manifestaram dúvidas e preocupações em relação à PEC do Plasma (PEC 10/2022), que está em tramitação no Senado Federal e que entre outras ações, pode abrir a possibilidade de comercialização do plasma humano. Os senadores Dr. Hiran (PP-RR), Humberto Costa (PT-PE) e Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) questionaram a ministra sobre o posicionamento do governo em relação ao tema. Veneziano informou que uma das justificativas de quem é a favor da proposta é que há uma “falência da Hemobrás” e de que o país não teria a capacidade para atender a demanda por hemoderivados. Para a ministra, caso seja aprovada como está, a matéria será um retrocesso para a área. Já o senador Flávio Arns (PSB-PR) pediu uma articulação maior do ministério para dar assistência às famílias que dependem de medicamentos de alto custo para tratamento de doenças raras. Segundo ele, a pasta destinou, somente no ano passado, mais de R$ 1 bilhão com a judicialização desses casos. A gestora informou que o ministério está participando de um grupo de trabalho, que conta com a participação do ministro do Supremo Tribunal, Gilmar Mendes, no sentido de buscar uma estratégia estruturante para solucionar a questão da judicialização. Segundo ela, as últimas ações do ministério possibilitaram a incorporação de 60% de medicamentos para doenças raras. Para acessar a matéria completa, clique aqui.


Envie sua opinião