Brasília, urgente

Saúde tenta reestruturar estoques após perder R$ 1,2 bi em vacinas e medicamentos em 2023

NK Consultores – O Ministério da Saúde tenta reestruturar o próprio estoque e o dos estados para evitar novas perdas de vacinas e medicamentos, destacou matéria da Folha de S. Paulo. Parte do plano é monitorar os produtos que podem vencer e buscar alternativas, como doações a hospitais públicos. Em 2023, a pasta descartou ao menos R$ 1,2 bilhão em produtos que perderam a validade, sendo que cerca de R$ 1 bilhão corresponde a vacinas contra a Covid. Os dados foram divulgados após pedido baseado na Lei de Acesso à Informação. A Saúde também perdeu no ano passado mais de R$ 150 milhões em medicamentos do chamado ’kit intubação’. Essas drogas foram adquiridas em larga escala, mas com atraso, quando o SUS ficou desabastecido de analgésicos e bloqueadores neuromusculares na pandemia. A atual gestão considera que herdou de Bolsonaro um estoque desorganizado e repleto de produtos com validade curta ou já vencidos. As vacinas da Covid, por exemplo, venceram no primeiro trimestre. O ministério afirma, contudo, que evitou o desperdício de outros R$ 251,2 milhões em vacinas em 2023. Embora a dificuldade de gerir o estoque tenha sido apontada no relatório de transição do governo, o ministério só nomeou em maio o atual diretor de Logística, Odilon Borges de Souza. Antes da chegada do chefe definitivo do setor, a Saúde chegou a perder cerca de 1,2 milhão de testes de Covid, avaliados em R$ 42 milhões, e 56 milhões de pílulas anticoncepcionais. O ministério afirma que conseguiu repor parte dos métodos contraceptivos ao trocar os lotes vencidos por novos com a fabricante. A equipe da ministra Nísia Trindade ainda planeja repassar recursos para estados e municípios ampliarem os próprios estoques em 2024.O ministério também liberou informações do estoque atual e dos produtos que foram perdidos pelo fim do prazo de validade. A pasta informou em novembro a relação de produtos que haviam sido enviados para descarte até setembro. Os produtos do Ministério da Saúde ficam armazenados em Guarulhos (SP). Uma empresa privada faz a administração do estoque e também lida com a incineração dos insumos vencidos. O governo prepara nova licitação para este serviço, tido como um dos mais estratégicos e caros da pasta. Em 2018, o contrato de gestão do estoque superou R$ 1 bilhão. Para acessar a matéria completa, clique aqui.


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