Brasília, urgente

Secretário defende que acesso a mutirões seja feito por atenção primária

Secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Nésio Fernandes defendeu a formação de grupos intermunicipais de compras públicas a partir de registros de preços, informou o site Jota. A estratégia, afirmou, pode facilitar as aquisições e conferir estabilidade ao fornecimento de medicamentos e insumos, beneficiando principalmente municípios menores e mais distantes. “Garantir medicamentos é essencial. Em cidades menores, muitas vezes faltam itens importantes por causa da dificuldade nas compras”, disse, em entrevista concedida ao JOTA.

Fernandes, que já foi secretário municipal e estadual de saúde, observa que na atenção primária o grau de heterogeneidade nas necessidades e, portanto, nas aquisições, é grande. O secretário afirmou que pretende apresentar a proposta aos demais integrantes do ministério como parte de uma estratégia para garantir a oferta de medicamentos. Fernandes defendeu ainda a criação de mecanismos para garantir que farmácias ligadas aos serviços públicos possam funcionar aos fins de semana ou em horários noturnos.

Para Fernandes, é um equívoco avaliar que o problema de acesso ao SUS está restrito à média e à alta complexidade. “Durante a pandemia, houve um prejuízo de acesso também aos serviços de atenção primária. Temos crianças prejudicadas porque não completaram as consultas de puericultura, problemas de saúde bucal, por exemplo.”Para conseguir dar conta da demanda, a ideia é preencher 3 mil vagas dentro do Mais Médicos. A prioridade será preencher as vagas com profissionais formados no país, como determina a lei. Mas caso haja dificuldades, alternativas já estão sendo estudadas. Uma das estratégias em análise, é estender o prazo de autorização para médicos cubanos integrantes do programa, por meio da edição de uma MP. Além disso, prorrogar o prazo de outros 1.200 médicos estrangeiros que foram autorizados a atuar no país com dispensa de prova para revalidação do diploma.

Fernandes, porém, deixou claro que prorrogação de prazos não será a primeira opção. O secretário de Atenção Primária defende ainda que o acesso a mutirões tenha como ponto de partida o referenciamento feito em serviços de atenção primária. O caminho deve ser percorrido por todos, mesmo por aqueles que passaram por serviços particulares e já tiveram indicação de cirurgias, por exemplo. Para Fernandes, a estratégia ajudará a organizar as filas e ter uma noção da real demanda. O secretário lembra que, em 2011 foi feito um mutirão para cirurgias eletivas, que não alcançou resultados esperados. Para acessar a matéria, clique aqui


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