O número de diagnósticos de crianças e adolescentes com miopia aumentou durante a crise sanitária, revela estudo inédito do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) obtido pelo jornal O Estado de S.Paulo. No levantamento, 72% dos profissionais entrevistados relatam maior detecção do problema na faixa etária de zero a 19 anos. Para a maioria dos especialistas ouvidos, a principal razão do problema é a maior exposição dos jovens a telas de aparelhos eletrônicos no ensino remoto e em lazer no confinamento. Isoladas em casa, as crianças têm aula pelo computador e, nas horas livres, assistem TV e jogam no tablet ou no celular. Assim, prejudicam a visão. O estudo do CBO reúne a percepção de oftalmologistas que trabalham com o público mais jovem – foram ouvidos, entre abril e junho, 295 profissionais em todo o País. Os médicos também relatam agravamento acelerado dos casos que já tinham esse problema de visão. Para 76% dos entrevistados, a principal causa do problema é a superexposição dos menores a televisão, smartphones, tablets e computadores. Praticamente todos os especialistas (99%) defendem a redução do chamado tempo de tela e o aumento das atividades ao ar livre.
IMUNIZAÇÃO
Lei prioriza gestantes, lactantes, crianças e adolescentes na vacinação contra covid
O presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei 14.190, de 2021, que inclui gestantes, puérperas e lactantes como grupos prioritários no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. A medida também se estende a crianças e adolescentes com deficiência permanente ou privados de liberdade. A norma foi publicada na última sexta-feira (30) no Diário Oficial da União. Segundo a Agência Senado a lei teve origem em um projeto (PL 2.112/2021) do senador Jean Paul Prates (PT-RN). De acordo com o texto, são incluídas no plano gestantes, puérperas e lactantes com ou sem comorbidades. No caso das mães que amamentam, a prioridade é concedida independentemente da idade dos bebês. O benefício também se estende a crianças e adolescentes com deficiência permanente, comorbidades ou privados de liberdade. Mas a prioridade só passa a valer à medida que se obtenha registro ou autorização de uso emergencial de vacinas no Brasil para pessoas com menos de 18 anos de idade. Para o autor do projeto, por mais que algumas cidades tenham avançado na campanha de vacinação para a população em geral, o debate sobre as prioridades para grupos específicos ainda é importante.
INTERNACIONAL
China coloca milhões em confinamento para conter variante Delta
A China voltou a isolar seus habitantes, enquanto enfrenta seu maior surto de covid-19 em meses, com a variante Delta se espalhando por regiões que há muito haviam controlado o vírus, incluindo Wuhan, epicentro original da pandemia, informou o jornal O Estado de S.Paulo nesta segunda-feira (2). Mais contagiosa, a variante Delta quebrou as defesas do país, atingindo mais de 20 cidades e uma dezena de províncias. Embora o número total de infecções — 452 no balanço mais recente — ainda seja menor do que o registrado em outros países, os dados indicam que a variante está se movendo rapidamente pelo país. No sábado, a província de Fujian e a cidade de Congquing, de 31 milhões de habitantes, registraram surtos epidêmicos de coronavírus. Nesta segunda-feira, a China confirmou 99 novos casos, 55 por transmissão local. No final do dia, mais sete pessoas foram encontradas infectadas em Wuhan, além de outra em Pequim. Em número de casos, este é o maior surto desde uma irrupção na província de Hebei, no norte da China, em janeiro, quando 2 mil pessoas foram infectadas. A ampla disseminação é ainda mais preocupante dado o aumento de casos na capital altamente protegida e em Wuhan, cujo status de livre de vírus tem sido motivo de orgulho na China.
COVID-19
Auxiliar de Queiroga quer articular projeto sobre normas para emergências de saúde
A secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite, afirmou nesta segunda-feira (2) que pretende contribuir nas articulações políticas pela rápida aprovação do projeto que estabelece normas para o enfrentamento de emergências de saúde pública. De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo o texto propõe diretrizes para detectar e monitorar situações de risco de saúde pública de importância nacional, a exemplo de uma pandemia. Há, por exemplo, uma relação de serviços que seriam considerados essenciais em caso da necessidade de interrupção de atividades e a definição de responsabilidades de Estados e municípios. O compromisso foi feito durante audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, que foi presidida pelo deputado Odorico Monteiro (PSB-CE), autor do projeto. O pessebista pediu que a base do governo apoie o avanço do texto e solicitou uma reunião com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para tratar do tema.