Pelo menos dez entidades de ensino se inscreveram para participar da audiência pública convocada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, para discutir a autorização de funcionamento de novos cursos de medicina no país, informou o jornal O Globo. Entre elas, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Faculdades (Abrafi) e a Associação Nacional dos Centros Universitários (Anaceu). Também se inscreveram, entre outros, o Conselho de Reitores de Universidades Brasileiras (Crub), sindicatos de instituições de ensino superior da Paraíba e de Pernambuco e a prefeitura de Bragança, no Pará. Essas entidades defendem a abertura do mercado, em oposição ao posicionamento da Associação Nacional de Universidades Privadas (Anup) — que tem entre os principais associados Afya, Cogna/Kroton e YDUQS, que estão entre as instituições com mais cursos de medicina hoje no país.
Em junho, a Anup, representada pelo escritório Sérgio Bermudes, entrou com uma ação no Supremo para tentar barrar a tramitação de liminares de instituições que tentam na Justiça obrigar o MEC a retomar o processo de avaliação para a abertura de novas vagas de Medicina. Desde o início do ano, estão em tramitação mais de 180 processos, com pedidos para a abertura de mais de 400 vagas. A abertura de novos cursos de Medicina no país está proibida desde 2018, quando uma portaria do Ministério da Educação (MEC) suspendeu por 5 anos a abertura de novas vagas por meio de editais do Mais Médicos. A audiência está prevista para o dia 17 de outubro e será transmitida ao vivo pela TV Justiça.