O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira (18), que a aplicação de uma 3ª dose da vacina contra a covid-19 começa pelos idosos e profissionais de saúde, caso essa estratégia seja aprovada pelo governo federal. O debate sobre a aplicação de uma injeção de reforço tem ganhado força no Brasil. Outros países – como Israel, Chile e Uruguai – já aplicam doses em alguns grupos, informou o jornal O Estado de S. Paulo. “Já encomendamos um estudo Pra verificar a estratégia da 3ª dose naqueles que tomaram a Coronavac. Por que naqueles que tomaram a Coronavac? Porque em relação aos outros imunizantes já temos dados científicos balizadores dessa conduta”, disse Queiroga. “Aí vamos ter as respostas e com base nessas respostas tomaremos a conduta”, acrescentou o titular da Saúde. “Como será essa terceira dose? Bom, a gente vai começar peloa grupos prioritários. De novo: profissionais de saúde e os mais idosos. Sabemos que os indivíduos idosos têm o sistema imunológico mais comprometido, por isso é que eles são mais vulneráveis. Vocês já têm noticiado e nós sabemos, como profissionais de saúde, que pessoas que tomaram duas doses de vacina podem adoecer com a covid-19. Inclusive em formas graves da doença. Mas se compararmos os que se vacinaram com as duas doses e aqueles que não se vacinaram. O benefício da vacinação é inconteste”, afirmou ele.
SENADO FEDERAL
Articulação para derrubada do veto de Bolsonaro a projeto que obriga planos de saúde de fornecer quimioterapia domiciliar via oral
Deve ser agendada para breve a sessão do Congresso que vai analisar (e poderá derrubar) o veto de Jair Bolsonaro ao projeto que obriga os planos de saúde a cobrir os gastos de clientes com medicamentos de uso domiciliar e oral contra o câncer, destacou o Blog Lauro Jardim do jornal O Globo nesta quarta-feira (18). O autor do projeto, o senador Reguffe, já conversou pessoalmente com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que é favorável à derrubada do veto. O projeto havia sido aprovado no mês passado por unanimidade, ou seja, teve voto dos 81 senadores. Pela proposta, os medicamentos devem ser fornecidos em até 48 horas depois da prescrição médica, além de obrigar a cobertura, pelos planos privados de saúde, de procedimentos radioterápicos e de hemoterapia. O Senado votará primeiro e, se derrubar mesmo o veto, passa a ser votado pela Câmara. Basta a maioria absoluta nas duas casas: 41 votos no Senado e 257 na Câmara.
PLANOS DE SAÚDE
Interesse pela portabilidade de carências segue em alta
O interesse pela portabilidade de carências – que é a possibilidade de trocar de planos de saúde levando consigo os períodos de carência e de cobertura parcial temporária para doenças, ou lesões preexistentes, já cumpridos – aumentou 42% nos primeiros sete meses de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado. É o que mostra o relatório de acompanhamento de protocolos de portabilidade emitidos pelo Guia ANS de Planos de Saúde, ferramenta de consulta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para a contratação e troca de planos de saúde. De janeiro a julho de 2021, foram gerados 206.302 protocolos de consultas sobre portabilidade de carências, 60.859 a mais que os gerados no mesmo período em 2020 (145.443). O principal motivo informado pelos usuários do Guia ANS é a busca por planos de saúde mais baratos. Importante esclarecer que o número de protocolos emitidos representa o total de consultas finalizadas no Guia ANS e não o número de portabilidades efetivadas.
CANNABIS
Anvisa conclui processo de análise de registro de novo CBD
Em breve, um novo produto de Cannabis medicinal chegará ao mercado. De acordo com o Blog Cannabis Inc. da Folha de S.Paulo na semana passada, a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) concluiu a análise do pedido de registro da Promediol, empresa suíça com um braço no Brasil, ainda pouco conhecida por aqui. Ela será a terceira farmacêutica com produto registrado no mercado nacional, desde a publicação da RDC 327, de 2019, que dispõe sobre os procedimentos para conseguir a autorização sanitária, que são os mesmos exigidos para qualquer medicamento. A primeira foi a paranaense Prati-Donaduzzi, em 2020, e a segunda, a Nunature, no primeiro semestre deste ano. “A análise do nosso produto foi rápida, saiu em seis meses. Fiquei impressionada com a celeridade da Anvisa”, diz a diretora Adriana Schulz, sócia da empresa Promediol, que trabalha com Cannabis medicinal com grau farmacêutico, que é uma das exigências da Anvisa. No Brasil, o CBD é uma substância registrada e controlada com receita. Nos EUA é diferente. O CBD com teor de menor de 0,3% de THC (canabinoide com efeito psicoativo, que dá o tal “barato”) não é substância controlada e regulada pelo DAE (Drug Enforcement Administration). Isso porque não é classificado como medicamento, mas suplemento.