Brasília, urgente

 Um terço dos paulistas com planos de saúde busca o SUS para internação

Um terço dos paulistas com planos de saúde busca o SUS para internação

Mais de um terço (34%) dos moradores do estado de São Paulo com planos de saúde utiliza hospitais públicos quando precisa de internação. Outros 28% também recorrem ao SUS para consultas médicas e 27%, para exames laboratoriais, destacou reportagem publicada na Folha de S. Paulo. Quando o assunto é vacina, quase 9 em cada 10 (87%) usuários da saúde suplementar buscam imunização nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde). Os resultados são de uma pesquisa online do Instituto Qualibest, encomendada pelo Sindhosp (Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Laboratórios e Estabelecimentos de Saúde do Estado de São Paulo), com 2.013 moradores da capital paulista, interior e litoral. A margem de erro é de 2,23 pontos percentuais para o total da amostra. A maioria dos entrevistados afirma não possuir plano de saúde (58%), contra 48% dos que dizem ter. Desse total, 64% relatam utilizar as redes pública e privada: 31% somente a pública e 5% apenas a privada. Segundo o médico Francisco Balestrin, presidente da Sindhosp, é possível que o alto percentual de quem utiliza ambas as redes ocorra em razão do PNI (Programa Nacional de Imunizações), que cobre toda a população brasileira com vacinas para todas as faixas etárias. Entre os entrevistados, 96% dos usuários do SUS e 87% dos que dispõem de planos de saúde afirmam recorrer às UBSs para a imunização. Clínicas e laboratórios particulares são opção para 21% dos que são cobertos por planos de saúde. Para consultas médicas, 90% das pessoas sem planos recorrem ao SUS. Mas 26% delas também procuram clínicas populares e 14%, médicos particulares. As clínicas com valores mais acessíveis são opção para 28% dos usuários SUS e para 23% dos que têm planos. Para acessar a matéria completa, clique aqui.

BAIXA ADESÃO

A duas semanas do final da campanha, vacinação da gripe está distante de atingir a meta de 90%

Lançada no início de abril, a campanha de vacinação da gripe alcançou apenas 31% do público-alvo, segundo o painel de vacinação contra influenza do Ministério da Saúde, informou o jornal O Globo. A meta da pasta é obter uma cobertura nacional de 90% — para isso, cerca de 79,5 milhões de brasileiros deveriam se vacinar. A duas semanas do final do mutirão, que será encerrado em 31 de maio, 22,5 milhões de doses foram aplicadas. Os dados foram colhidos nesta terça-feira (16). De acordo com o painel, o público infantil é o com menor adesão. Somente 20% das crianças foram imunizadas contra o vírus. A baixa procura motivou o governo a ampliar a vacinação para todos os públicos mais cedo este ano e, desde segunda-feira, a aplicação está liberada para todos com mais de 6 meses no país. Alguns estados ampliaram a campanha antes da decisão do ministério, como o Rio de Janeiro, que liberou a dose para o público-geral em 5 de maio. Mesmo assim, nenhum tem a cobertura vacinal da gripe acima de 50%. Para a médica infectologista Rosana Ritchmann, a baixa adesão é consequência do desestímulo à vacinação durante a pandemia de Covid-19 e uma saturação do brasileiro acerca do assunto, proporcionada pela própria pandemia.O alcance nacional de imunização desejado pelo ministério não foi atingido nos últimos dois anos. Em 2021 e 2022, a cobertura vacinal foi, respectivamente, de 72,8% e 68,1%. Em contrapartida, o número de mortes por gripe aumentou 78% nos últimos dois anos. “A campanha de vacinação avança, mas é necessário que mais pessoas se protejam. A imunização é fundamental, porque reduz a carga da doença, especialmente em pessoas com problemas de saúde e idosos, prevenindo hospitalizações e mortes, além de diminuir a sobrecarga nos serviços de saúde. Até o fim de abril, ao menos 253 mortes em razão da doença foram confirmadas”, diz nota do Ministério da Saúde.

CONSCIENTIZAÇÃO

Lei cria Dia Nacional de Conscientização para duas doenças raras 

Duas doenças raras ganharam dias nacionais de conscientização. Foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (17), a Lei 14.585/23, que cria o Dia Nacional de Conscientização sobre a Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN) em 26 de fevereiro e o Dia Nacional de Conscientização sobre Síndrome Hemolítico-Urêmica atípica (SHUa) em 24 de setembro, informou a Agência Câmara. A HPN é uma doença que afeta o sistema sanguíneo e pode atingir pessoas de qualquer faixa etária, com sintomas imprevisíveis e muitas vezes semelhantes aos de outras doenças. Caso não seja tratada, a HPN pode resultar em graves problemas de saúde. A data escolhida para conscientização da doença se dá em homenagem a Margareth Maria Araújo Mendes, que faleceu em 26 de fevereiro de 2018 por falta de medicamentos. O tratamento da HPN pode chegar a R$ 72 mil por mês, o que o torna inacessível para a maioria da população. Já a SHUa é uma doença que provoca uma coagulação do sangue por todo o corpo, causando danos irreversíveis aos rins e outros órgãos, comprometendo os sistemas neurológico, cardíaco e respiratório do portador, além de provocar insuficiência renal aguda. A escolha do dia 24 de setembro coincide com o Dia Internacional de Conscientização sobre a SHUa. A lei determina que os governos federal, estaduais, distrital e municipais, com o apoio da sociedade civil, promovam campanhas para esclarecimento e conscientização da população sobre a HPN e a SHUa, bem como sobre o direito universal à saúde. As datas comemorativas estavam previstas no PL 10617/18, do deputado Padre João (PT-MG), aprovado pela Câmara em 2019 e pelo Senado em abril deste ano.

          

LEVANTAMENTO

Consumo de cigarros eletrônicos no Brasil quadruplica entre 2018 e 2022, diz pesquisa

O consumo de cigarros eletrônicos no Brasil apresentou um aumento significativo nos últimos quatro anos. Embora sejam produtos proibidos no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, a comercialização ocorre de maneira ilegal, informou o site da CNN Brasil. Um levantamento recente do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) aponta que 2,2 milhões de adultos (1,4%) afirmaram ter consumido os dispositivos eletrônicos para fumar até 30 dias antes da pesquisa. No primeiro ano do levantamento feito pelo Ipec, 2018, o índice era de 0,3% entre a população, com menos de 500 mil consumidores. A pesquisa aponta também que cerca de 6 milhões de adultos fumantes afirmam já ter experimentado cigarro eletrônico, o que representa 25% do total de fumantes de cigarros industrializados, um acréscimo de 9 pontos percentuais em relação a 2019. Popularmente chamados de “vapes”, os vaporizadores ou produtos de tabaco aquecido não são produtos inofensivos ao organismo humano, apesar da premissa de que eles não contêm substâncias como monóxido de carbono, alcatrão, entre outros compostos provenientes da degradação e combustão do tabaco. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estudos mostram que os níveis de toxicidade podem ser tão prejudiciais quanto os do cigarro tradicional, já que combinam substâncias tóxicas com outras que muitas vezes apenas mascaram os efeitos danosos. Dentre essas substâncias tóxicas, estão presentes metais pesados, como chumbo, ferro e níquel, de acordo com o Ministério da Saúde. Para acessar a matéria completa, clique aqui.


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