Nesta segunda-feira, 20 de março, em cerimônia no Palácio do Planalto, o governo federal anunciou o relançamento do programa Mais Médicos. Os destaques são a prioridade à contratação de profissionais brasileiros e a criação de uma série de benefícios que devem estimular a fixação nas regiões remotas do país. Segundo Nísia Trindade, Ministra da Saúde, serão abertas 15 mil novas vagas: cinco mil por meio de edital ainda no primeiro semestre e mais dez mil no segundo, em formato que prevê contrapartida de municípios. Até o fim do ano, é esperada a fixação de 28 mil profissionais em todo o território nacional, com ênfase nas áreas de extrema pobreza e nas comunidades tradicionais. “Os médicos que já estão em programas de provimento terão a continuidade de suas atividades, e os que ingressarem no Mais Médicos receberão incentivos para a realização da prova de título”, afirma a ministra. O investimento da União é de 712 milhões de reais apenas em 2023. Estima-se que 96 milhões de brasileiros serão beneficiados com atendimento médico na atenção primária, porta de entrada do SUS. O Mais Médicos foi remodelado focando a permanência dos profissionais durante o maior tempo possível nos municípios. Os brasileiros formados no país têm preferência na seleção dos editais. E o tempo de participação no programa passa a ser de quatro anos, prorrogável por igual período. Os selecionados por meio de edital que participarem do programa poderão fazer especialização e mestrado em até quatro anos. Além disso, passarão a receber benefícios proporcionais ao valor mensal da bolsa, cerca de R$ 13 mil reais, para atuar nas periferias e regiões mais remotas. Para apoiar a continuidade das médicas mulheres, prevê o valor integral da bolsa durante o período de seis meses de licença maternidade. Aos participantes do programa que se tornarem pais, será garantida licença remunerada de 20 dias. Os beneficiados pelo Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) que participarem poderão receber incentivo, bem como os médicos que decidirem cumprir o programa de residência em áreas remotas. As novas regras pretendem reduzir a rotatividade e garantir a continuidade da assistência à população que mais necessita de cuidado.