Brasília, urgente

Farmácia Popular tem cobertura falha no país (mesmo com programa ampliado)

NK Consultores – Ampliado em junho, o Farmácia Popular passou a disponibilizar gratuitamente quatro tipos de anticoncepcionais, mas a distribuição dos medicamentos que integram o programa ainda apresenta falhas, destacou reportagem do jornal O Globo. Em outubro, de acordo com dados do Ministério da Saúde, 71.100 mulheres foram beneficiadas com as pílulas de contracepção, quase o dobro do mês em que a iniciativa começou, quando 35.721 medicamentos foram retirados. A rede, contudo, ainda não atinge todo o país, e as regiões Norte e Nordeste são as mais prejudicadas pela falta. Com quase duas décadas de existência, a política tem 29,7 mil farmácias conveniadas distribuídas em 4,5 mil municípios. Os estados com as piores coberturas são o Amapá, que só tem unidades na capital, Macapá; Roraima, com presença em cinco cidades; e Acre, em seis. Tocantins, Alagoas e Sergipe vêm logo depois. A médica sanitarista Lígia Bahia, doutora em Saúde Pública pela Fiocruz e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), avalia que a política ajudou a reduzir o agravamento e morte por doenças de alta prevalência na população nas últimas décadas. Para ela, a falta de cobertura em estados do Norte e Nordeste é uma falha que revela a desigualdade geográfica persistente na saúde pública.Até junho, o programa oferecia sem custo para toda a população medicamentos para diabetes, asma e hipertensão arterial (pressão alta). Agora, também são gratuitos para as mulheres quatro anticoncepcionais e um remédio para osteoporose — itens que antes eram vendidos com até 90% de desconto. Para inscritos no CadÚnico, a lista de gratuidade ainda inclui outros oito fármacos e fralda geriátrica. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a Farmácia Popular evitou 287,3 mil hospitalizações e 19,4 mil óbitos decorrentes de hipertensão arterial, diabetes e asma em apenas um ano, gerando uma economia de R$ 233 milhões que seriam gastos em internações no SUS. De acordo com o Ministério da Saúde, o programa segue em expansão no país e já alcançou 20.908.612 pessoas até outubro deste ano, número 5,4% maior que os 19.779.819 beneficiários do mesmo período do ano passado. Em nota, a pasta informou que num primeiro momento a ideia é priorizar municípios ’de maior vulnerabilidade’ atendidos pelo Mais Médicos. Para acessar a matéria completa, clique aqui.


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