Brasília, urgente

Onda de aquisições por grupos hospitalares deve continuar em 2022

Mesmo depois de fortes movimentos de consolidação no setor de saúde nos últimos meses, empresas do segmento disseram manter o apetite para mais negócios, informou em matéria o Valor Econômico. O tema ocupou bastante espaço das teleconferências de analistas com executivos da Dasa, Mater Dei e Rede D’Or na semana passada.

Entre as maiores aquisições recentes está a compra da SulAmérica pela Rede D’Or, anunciada em fevereiro. “As pessoas falam em dança das cadeiras [ante as diversas consolidações]. Mas estamos tendo movimentações na verdade de placas tectônicas. O setor está mudando de forma significativa e rápida”, disse Rafael Cardoso Cordeiro, diretor financeiro da Mater Dei. Maior grupo hospitalar do país, a Rede D’Or avança para comprar a SulAmérica, seguradora que tem 4,5 milhões de usuários de planos de saúde e dental.

O negócio, que ainda aguarda aprovações regulatórias, prevê que os acionistas da seguradora receberão 13,5% da D’Or, com prêmio de 49,3% ante o preço da ação em 18 de fevereiro. A Dasa, líder no mercado de medicina diagnóstica, iniciou seu processo de aquisições na área hospitalar há cerca de um ano e meio e desde então investiu cerca de R$ 2,5 bilhões na compra de nove hospitais.

Atualmente, conta com 15 unidades hospitalares, que juntas têm 3,5 mil leitos, vice-líder nesse segmento, atrás apenas da Rede D’Or. Felipe Guimarães, diretor financeiro da Dasa, defendeu que a empresa continua atenta a oportunidades de aquisição neste ano, embora defenda que o foco para 2022 é integrar os ativos já adquiridos.


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