NK Consultores – Os tratamentos disponíveis para obesidade são desiguais nos serviços de saúde suplementar e no SUS (Sistema Único de Saúde), em que pacientes enfrentam filas de anos para realizar a cirurgia bariátrica, destacou reportagem da Folha de S. Paulo. Única terapia atualmente indicada contra obesidade no serviço público, a cirurgia bariátrica consiste em reduzir o estômago para o paciente diminuir o consumo de alimentos e aumentar a sensação de saciedade. A indicação do procedimento, porém, é para casos graves de obesidade. Para outros estágios, os médicos recomendam terapias multidisciplinares, como redução de peso com dieta e exercícios físicos, reeducação alimentar e até tratamento psicológico. A cirurgia bariátrica é reconhecida como tratamento para obesidade pelo rol de procedimentos com autorização da ANS (Agência Nacional da Saúde Suplementar). No caso do atendimento em hospitais públicos, os pacientes que recebem indicação enfrentam filas e esperam anos até realizar o procedimento, o que pode piorar o quadro físico e mental associado à obesidade, explica Márcio Mancini, vice-presidente do Departamento de Obesidade da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia). ’O que acontece é que a cirurgia é aprovada, mas a procura é muito maior, então a pessoa entra numa fila e aí entra em uma saga que pode durar vários anos. Às vezes, aquele paciente nunca chega a fazer a cirurgia bariátrica’, afirma ele. De acordo com o médico, não há alternativas terapêuticas para as pessoas obesas na rede pública. Recentemente, os planos de saúde passaram a ser obrigados a cobrir também os novos medicamentos usados contra diabetes tipo 2 e obesidade para perda de peso. ’No SUS, o que temos é só a bariátrica e faltam medicações para tratamento de casos leves. No geral, você tem terapias integrativas [também chamadas de PICs, ou práticas integrativas e complementares], como ioga, meditação, coisas que não têm comprovação nenhuma de que funcionam. E, eventualmente, pode ter um nutricionista em uma unidade básica de saúde (UBS), mas é algo muito difuso’, diz. Por essa razão, muitos pacientes acabam optando por fazer os exames pré-cirúrgicos pelo SUS, mas buscam os planos de saúde ou pagam do próprio bolso o procedimento. Para acessar a matéria completa, clique aqui.