Brasília, urgente

Seminário aponta dificuldades para o tratamento do diabetes

Dificuldades de adesão ao tratamento, a longa espera por consultas e a falta de acesso a medicamentos foram algumas barreiras apontadas, durante seminário sobre diabetes, para cuidar dos 16 milhões de brasileiros que têm a doença, destacou matéria da Agência Câmara. No encontro, promovido pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara nesta quinta (21), também foi ressaltada a importância da prevenção, para evitar as internações hospitalares. Em alguns estados, mais de 50% dos pacientes têm mais de 60 anos. Vanessa Pirolo, coordenadora da Coalizão Vozes do Advocay em Diabetes e Obesidade, citou dados da Organização Mundial da Saúde mostrando que menos de 60% dos pacientes seguem as prescrições médicas. Também trouxe estatísticas do Ministério da Saúde sobre a situação no Brasil: o diabetes é a segunda causa de necessidade de hemodiálise, e 46 cirurgias de amputação de membros são feitas todos os dias. Ela também citou dificuldades dos pacientes no acesso à insulina de ação rápida e de ação prolongada. Rafael Polini, coordenador-geral de Assistência Farmacêutica Básica do Ministério da Saúde, admitiu problemas nos processos de compra e falou em estratégias como o remanejamento de medicações entre os estados. Durante o seminário, foram relatadas experiências estaduais no tratamento do diabetes. No Distrito Federal, há centros especializados e equipe multidisciplinar, mas faltam agentes comunitários, mobiliário adequado para os obesos e até aparelhos de medir pressão. São Paulo luta contra a baixa adesão a consultas e exames periódicos. Goiás tem dificuldades na obtenção de dados, mas faz um mapeamento dos locais de atendimento e da realização de exames. O deputado Prof. Paulo Fernando (Republicanos-DF), que coordenou uma das mesas do seminário, afirmou que as urgências para melhorar o tratamento do diabetes incluem unificar o atendimento das redes estaduais, garantir à população carente acesso às novas tecnologias e resolver os problemas dos medicamentos. Diego Ferreira, do Departamento de Ação Especializada e Temática do Ministério da Saúde, reconheceu dificuldades como visualizar concretamente o tamanho da fila de pacientes que ainda precisam de atendimento, e propôs um diálogo com secretários municipais e estaduais. Presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Levimar Araújo apontou como principal problema no tratamento da doença a baixa repentina da taxa de glicose, que pode causar problemas como acidentes automobilísticos. Ele defendeu o monitoramento contínuo dos pacientes, com a ajuda de aparelhos específicos ou de smartphones. Para acessar a matéria completa, clique aqui.


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