ASB - Aliança pela Saúde no Brasil - AMB

ASB - Aliança pela Saúde no Brasil

ASB: mais que uma aliança, um movimento para a melhoria da saúde da população brasileira

A Aliança pela Saúde no Brasil é um movimento proposto pela Associação Médica Brasileira (AMB) para pautar uma agenda propositiva, de alcance nacional, a ser tecida coletivamente por diferentes partes interessadas na promoção da saúde e na melhoria da atenção em saúde e assistência para a população no Brasil.

Um movimento criado pela AMB e apoiado por entidades de diversos setores

Propor modelos e contribuir para a elaboração da política de saúde e aperfeiçoamento do sistema médico assistencial (público e privado) do país está em seu estatuto e é uma das finalidades da AMB. Além disso, em um contexto de crise sanitária e humanitária sem precedentes como a ocasionada pela COVID-19, a AMB cumpriu seu papel social de abrir canais de diálogo com diversos setores da sociedade civil e órgãos governamentais e não governamentais a fim de trabalhar coletivamente na construção de uma agenda propositiva pela saúde no Brasil

A ASB tem duas frentes de atuação e uma única missão

A missão da ASB é contribuir com o propósito de garantir à sociedade brasileira uma saúde universal, igualitária e digna, por meio de duas frentes de atuação interconectadas:

  1. a) reunir e produzir um corpo de conhecimento sobre estratégias de melhoria às políticas de saúde e aos seus serviços;
  2. b) estabelecer diálogo nacional acerca de uma agenda propositiva de medidas e ações a serem advogadas e empreendidas, em conjunto, pelas organizações públicas, privadas e do terceiro setor.

Linha do Tempo 

03/08/2021- Pré-lançamento

Setembro a Novembro – Desenvolvimento do Plano de Governança

13/12/2021 – Constituição oficial da ASB

11/02/2022 – 1ª Reunião do Comitê Interno

03/03/2022 – 2ª Reunião do Comitê Interno – Elaboração da Agenda Propositiva

27/09/2022 – Entrega da agenda propositiva aos representantes dos Presidenciáveis

29/03/2023 – 3ª Reunião do Comitê Interno – Tema: “Desafios para a Vacinação no Brasil: Ações Necessárias do Setor Saúde e Contribuições da Sociedade Civil”

Pilares

Quatro princípios fundamentais

1 – Dignidade humana e direito fundamental à saúde

A ASB reafirma:

– o compromisso assumido pela Declaração de Alma-Ata, em 1978, a qual aponta claramente a saúde como direito fundamental e a necessidade de ter uma visão ampliada da saúde como base para o alcance da dignidade humana;

 – a saúde como um direito social e fundamental do ser humano, conforme está no artigo 6 da Constituição Federal do Brasil, e apoia os esforços em prol da ampliação de cuidados primários de saúde (Lei Nº 8.080, de 1990).

2 – Ética, integridade e interesse público

A ASB enfatiza que:

– ética e integridade são valores fundamentais que norteiam suas atividades e suas relações internas e externas. Responsabilidade, confiança e respeito são elementos essenciais para o bom andamento dos trabalhos;

– o necessário alinhamento consistente aos valores, princípios e normas éticas e a priorização do interesse público como o salvaguarda do interesse da coletividade e do bem comum;

– seu compromisso com a impessoalidade, legalidade, moralidade, publicidade e eficiência (art. 37 da CF/88) e que conflitos de interesse necessitam ser explicitados pelos seus membros durante o debate.

3 – Diálogo e participação social

A ASB reconhece:

– a participação da comunidade na gestão da saúde (Lei N° 8.142, de 1990) e do envolvimento de outros stakeholders para a garantia ampliada dos serviços à população brasileira;

– a premência do diálogo aberto e participativo e da pluralidade de visões, a partir da diversidade e da representatividade, que permitam simetria informacional e balanço entre interesses de stakeholders.

4 – Transparência, confiabilidade e capacidade de resposta

A ASB se compromete com/em:

– a confiabilidade de sua proposição e atuação, se mantendo o mais fiel possível aos seus objetivos e diretrizes previamente definidos, passando assim segurança e consistência às diferentes organizações que se articulam com ela. A previsibilidade é um atributo essencial da confiabilidade;

– a transparência e a capacidade de resposta capacidade de resposta. A ASB resguarda o compromisso com a divulgação de suas atividades, prestando informações confiáveis e relevantes a seus interlocutores. A ASB preza por uma atuação que busca antecipar possíveis impactos, riscos e incertezas dos ambientes econômico, social e político que, porventura, resvalem no cumprimento do direito à saúde

– propor objetivos e ações, alinhando a premissa da eficiência e da eficácia às necessidades dos cidadãos, inclusive antevendo interesses e antecipando aspirações, a fim de contribuir para com uma boa capacidade de resposta por parte dos agentes públicos e privados (United Nations, 2015);

– ser proativa, propositiva e engajada na adesão de boas práticas de gestão e governança, na promoção e na incorporação de inovações tecnológicas.

Uma agenda com oito propostas em oito eixos importantíssimos.

1. Ousadia na articulação dos serviços de saúde público e privado, no âmbito do SUS

  • Estabelecimento de COMPROMISSO entre os membros da ASB para constituição de AGENDA COMUM aos serviços de saúde públicos e privados, buscando a implantação de Redes Colaborativas, por meio do fomento e promoção da constituição dos Comitês Executivos das Redes de Atenção à Saúde – RAS.
  • Desenvolvimento de propostas com base nas EXPERIÊNCIAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS que, por meio do fortalecimento da parceria público privada obtiveram avanços na melhoria da atenção a saúde da população, considerando:

– atuação prioritária às atividades preventivas e promocionais e de atenção primária à saúde;

– ampliação de políticas públicas e atenção continuada para crianças, adolescentes, adultos, idosos e pessoas com deficiência na atenção primária, secundária e terciária, com destaque à criação de equipes multidisciplinares para atenção de doenças crônicas;

– regulamentação e contratualização das atividades da saúde suplementar que garanta direito à saúde, direito ao consumidor, equidade e sustentabilidade financeira das empresas, ancorados nos princípios da ASB;

  • Desenvolvimento de UMA CAMPANHA DE COMUNICAÇÃO em torno da AGENDA COMUM.

2. Promoção da articulação intra e intersetorial nas políticas públicas

  • Criação de GRUPO DE TRABALHO INTERSETORIAL DE PRODUÇÃO SOCIAL DA SAÚDE em parceria com Governo, ONGs e setor privado.
  • Elaboração de Proposta de Política Interssetorial da ASB, contemplando a transversalidade da saúde a outras políticas públicas para ampliar o conceito de SAÚDE EM TODAS AS POLÍTICAS PÚBLICAS (OMS), ações prioritárias, como o envelhecimento saudável e a sustentabilidade ambiental, e as modalidades de coordenação compatíveis com os desafios intra e intersetoriais;
  • Fortalecimento e ampliação da COOPERAÇÃO TÉCNICA E FINANCEIRA entre os governos, em diferentes escalas regionais;
  • Elaboração de um diagnóstico, em parceria com os Laboratórios de Inovação na Gestão Pública, dos processos de trabalho com uma proposição de REDESENHO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

3. Aperfeiçoamento da participação social na gestão dos serviços público e privado

  • Estudo da CAPACIDADE DE CONVOCAÇÃO E MANUTENÇÃO DA PARTICIPAÇÃO de atores sociais envolvidos nas demandas de saúde;
  • APOIO AO FORTALECIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DOS GESTORES, PROFISSIONAIS DA SAÚDE E USUÁRIOS com vistas à renovação e maior participação em espaços como os conselhos de saúde do SUS e da saúde suplementar;
  • Colaboração para aprimoramento da REDE NACIONAL DE DADOS EM SAÚDE, com ênfase/destaque ao painel de performance dos serviços de saúde hospitalares e a criação de INDICADORES DE SAÚDE DOS SERVIÇOS PÚBLICO E PRIVADO;
  • Instituição de um FÓRUM PERMANENTE DE DEBATE SOBRE A ARTICULAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE PÚBLICO E PRIVADO;
  • Campanha maciça de divulgação da CARTA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS DA SAÚDE.
  • ACOMPANHAMENTO DA PRODUÇÃO LEGISLATIVA COM VISTAS AO APRIMORAMENTO DA SAÚDE NO BRASIL E SEUS IMPACTOS NOS SERVIÇOS PUBLICOS E PRIVADOS.

4. Defesa da governança regional para aprimorar as redes de atenção à saúde

  • Apoiar sistematicamente a REGIONALIZAÇÃO DA SAÚDE E A ELABORAÇÃO DOS PLANOS REGIONAIS INTEGRADOS, baseados nas redes de atenção à saúde, sustentados em uma APS resolutiva.
  • ESTIMULAR O USO COMPARTILHADO DE DADOS E INFORMAÇÕES, fortalecendo a tomada de decisão dos gestores de saúde.

5. Formação, qualificação e desenvolvimento profissional

  • Formulação de um PLANO NACIONAL CONJUNTO ENTRE OS SISTEMAS PÚBLICO E PRIVADO PARA PROVIMENTO DE EQUIPES DE SAÚDE COM MÉDICOS PARA ÁREAS REMOTAS E PERIFERIAS DAS GRANDES CIDADES;
  • Constituição de um Fórum Permanente de debates para ATUALIZAÇÃO DOS CURRÍCULOS DAS FACULDADES DE MEDICINA DO BRASIL EM DIÁLOGO COM A EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL DIANTE DOS DESAFIOS DO SÉCULO XXI;
  • Elaboração de um plano de PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA e promoção da saúde que incentive a comunicação não violenta e os relacionamentos empáticos entre profissionais de saúde e pacientes
  • Desenho de uma proposta instituindo a CARREIRA MÉDICA COMO CARREIRA DE ESTADO, contemplando participação tripartite no financiamento, provimento, na seleção, contratação, formação profissional e gestão descentralizada;
  • Elaboração de uma política integrada de gestão de pessoas, destacando o FORTALECIMENTO DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE;
  • Realização de mapeamento da alta gestão em saúde para INCREMENTAR A DIVERSIDADE NA LIDERANÇA DO SETOR.
  • Apoiar a estruturação de módulos para desenvolvimento de competências e conteúdos voltados para a GESTÃO DE EMERGÊNCIAS SANITÁRIAS.

6. Gestão para sustentabilidade econômica na Saúde

  • Revisão de modelos de financiamento do setor da saúde, buscando propor medidas que deem conta de adequá-los às NECESSIDADES SOCIAIS, REGIONAIS E POPULACIONAIS, garantindo a PRESERVAÇÃO DO PRINCÍPIO DE UNIVERSALIDADE;
  • Elaboração de índices de investimentos no setor da saúde, com arcabouço legal para REVISÃO DE PORCENTAGENS MÍNIMAS DE INVESTIMENTO PARA UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS;
  • Promoção de DEBATE PÚBLICO E AMPLO SOBRE JUDICIALIZAÇÃO NA SAÚDE, com participação de diversos segmentos que integram os SETORES PÚBLICO E PRIVADO, bem como especialistas, profissionais do direito e da sociedade civil para desenvolver protocolos técnicos;
  • Identificação de instrumentos que permitam identificar os CUSTOS DOS SERVIÇOS PUBLICOS E PRIVADOS.
  • Estudo e proposição de novas FORMAS DE REMUNERAÇÃO de serviços e equipes de saúde que CONTEMPLEM DESEMPENHO E CUSTOS EFETIVOS.

7. Estímulo à ciência, tecnologia e desenvolvimento

  • Elaboração de MARCOS REGULATÓRIOS que afetem a produção e a valorização de tecnologias e serviços de saúde, incluindo a propriedade intelectual;
  • Fortalecer a atuação e a independência da COMISSÃO NACIONAL DE INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS (CONITEC);
  • Promoção de DEBATE SOBRE A AGENDA NACIONAL DE PRIORIDADES EM PESQUISA COM OS PARCEIROS DA ASB E A SOCIEDADE, PARA RENOVÁ-LA CONTINUAMENTE;
  • Elaboração de UMA POLÍTICA DE PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO (P&D) PARA OS SISTEMAS PÚBLICO E PRIVADO DE SAÚDE, a partir da interação com as instituições de pesquisa científica, de desenvolvimento tecnológico e de inovação produtiva.
  • Incentivo ao desenvolvimento do COMPLEXO INDUSTRIAL DA SAÚDE.

8. Transparência e compliance nos processos dos sistemas público e privado

  • Elaboração de MANUAL DE TRANSPARÊNCIA E COMPLIANCE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE, COM FOCO EM COMPRAS E CONTROLE DE ESTOQUE DE MEDICAMENTOS E INSUMOS;
  • Proposição de REGRAS DE COMPLIANCE QUE LEVEM AO FORTALECIMENTO DA GESTÃO TRIPARTITE (UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS), INCLUINDO NESSE PROCESSO A PARTICIPAÇÃO DOS ÓRGÃOS DE CONTROLE INTERNO E EXTERNO;
  • Elaboração de um PERFIL DE COMPETÊNCIAS PARA OS PROFISSIONAIS E GESTORES DA ÁREA DE SAÚDE EM RELAÇÃO ÀS REGRAS DE COMPLIANCE;
  • Proposição de Submenus – Sistema Único de Saúde e Saúde Suplementar – nos Portais da Transparência dos entes federativos;
  • Promoção de revisão de leis e de regulamentações, que propiciem a CORREÇÃO DE DISFUNÇÕES BUROCRÁTICAS, E A PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS DE DESBUROCRATIZAÇÃO E SIMPLIFICAÇÃO DOS PROTOCOLOS E SERVIÇOS DE SAÚDE.

Apoiar a incorporação de BOAS PRÁTICAS DE PROTEÇÃO DE DADOS EM SAÚDE.