Ganha força na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a discussão sobre uma nova política para acompanhar o descredenciamento e a substituição de centros de atendimento oferecidos pelos planos de saúde, informou o site Jota.
A regra atual determina que, quando um prestador é retirado da lista de serviços credenciados, empresas são obrigadas a substitui-lo por outro de nível equivalente. Na prática, no entanto, nem sempre isso acontece. O diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello, considera subjetivos os critérios usados para a substituição.
E é isso que a ANS quer mudar. Ao JOTA, Rebello citou o projeto de monitoramento desenvolvido pela ANS em parceria com o Hospital Moinhos de Vento, por meio do programa Proadi-SUS, para avaliação da qualidade dos hospitais e comparação entre eles. Algumas das conclusões do programa podem ajudar na construção da proposta. “Precisamos desses indicadores para avaliar resultados, eficiência do atendimento e satisfação dos usuários”, afirmou o presidente da ANS.
A criação do modelo, porém, precisa levar em conta outros fatores, diz Rebello. Entre eles, as características do mercado. Em locais onde há grande oferta de prestadores e poucas operadoras de planos de saúde competitivos, o poder de negociação fica comprometido e com grande tendência de que empresas de planos paguem pouco pelos serviços. A lógica inversa também se aplica. Para trazer maior equilíbrio, Rebello sugere uma análise dos critérios da abrangência.