Brasília, urgente

Brasil pode ter quase 120 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço até 2025

NK Consultores – Até 2025, o Brasil deve registrar quase 120 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço, conjunto de tumores que atingem a região da boca, faringe, laringe, cavidade nasal e outras mucosas da cabeça, destacou reportagem da Folha de S. Paulo. Casos em jovens têm crescido e preocupado médicos. Até o final do último século, os tumores de cabeça e pescoço eram mais comuns em homens, com mais de 50 anos, e tinham como causa principal o tabagismo e o consumo em excesso de álcool. Agora, têm aumentado a incidência em mulheres e jovens, principalmente na faixa de 20 a 40 anos. Se há 30 anos a proporção de diagnósticos de tumores de cabeça e pescoço era de oito homens para cada caso diagnosticado em mulheres, hoje esta proporção está em dois casos em homens para cada caso em mulher. ’E temos observado também muitos casos em jovens, com 20, 30 anos’, afirma Luiz Paulo Kowalski, professor titular de oncologia da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP) e líder do Centro de Referência em Tumores de Cabeça e Pescoço do A.C. Camargo. Para ele, isso se deve ao aumento do consumo de cigarro entre mulheres e, no caso dos mais jovens, já existem estudos associando a infecção por HPV (vírus do papiloma humano) com novos casos. O médico diz que o sexo oral desprotegido, além de baixa cobertura vacinal, são possíveis fatores que contribuem para esses casos, sobretudo de laringe e faringe. ’Vários estudos recentes levaram à descoberta de muitos desses casos relacionados com a infecção por HPV, principalmente quando os tumores estão localizados na região da boca e base da língua.’ De acordo com estimativas do Inca (Instituto Nacional do Câncer), no triênio 2023 a 2025 são esperados 15,1 mil novos casos de câncer de boca, 16.660 casos de tireoide e 7.790 de laringe para cada ano. Tirando os melanomas (câncer de pele) e tumores cerebrais, o câncer de cabeça e pescoço é o principal tipo de tumor na região.Os cânceres de laringe e faringe representam cerca de 6% a 7% dos novos diagnósticos no país, e o de tireoide responde por mais 2% a 3%. ’Isso faz com que a incidência de tumores de cabeça e pescoço na população seja em torno de 9%. Os outros tipos, de glândulas salivares, seios nasais e base do crânio, são mais raros’, diz Kowalski. Para acessar a matéria completa, clique aqui.


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