Na presente conjuntura global, na qual as consequências da pandemia da Covid-19 e, mais recentemente, a invasão da Ucrânia pela Rússia resultam em transformações significativas no comércio exterior, o Brasil tem claras oportunidades de ampliar seu protagonismo como fornecedor global de dispositivos médicos, destacou artigo de Fernando Silveira Filho – Presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde (Abimed), publicado no site Jota.

A indústria do setor instalada no país tem plenas condições de se consolidar como provedora de soluções, tecnologia e produtos para o mercado externo. Cabe acentuar que o viés exportador é uma vertente fundamental nas políticas contemporâneas de competitividade, aponta. Segundo ele, para viabilizar o protagonismo brasileiro como provedor internacional de dispositivos médicos, são necessárias algumas medidas essenciais, como ampliar os instrumentos de promoção comercial, a partir da legislação existente, aumentar os fundos e estímulos que possibilitem a mudança competitiva – a Apex-Brasil e o BNDES detêm todo esse know-how, inclusive aplicando recursos, e têm o setor de Ciências da Vida como o prioritário, enfatiza o executivo.

Outras medidas são robustecer a cadeia produtiva, com suporte à indústria de ponta, que deve ter ambiente atrativo aos negócios e ao desenvolvimento de PD&I; revisar as normas para permitir maior conexão comercial, padronizando requisitos; e avançar na política de acordos comerciais multi ou bilaterais, tendo a área da saúde como prioritária. Essas sugestões constam da “Proposta de Política Industrial para o Setor de Dispositivos Médicos”, dirigida à sociedade e aos candidatos aos cargos federais e estaduais do Executivo nas eleições 2022. São signatárias do documento a Abimed (Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde), Abimo (Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos) e Abraidi (Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde).