Técnicos do Ministério da Saúde avaliam estender a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos, a exemplo do que já ocorre em outros países, como os Estados Unidos, informou o jornal o Globo. Eles também estão debatendo a possibilidade de recomendar uma quarta dose para as populações quilombola e ribeirinha, que constituírem uma parcela da população mais vulnerável ao coronavírus, com menos acesso a tratamentos e unidades de saúde de qualidade.
Ainda não está definido se, para esses dois grupos e crianças, valerá o intervalo de quatro meses entre a aplicação dos reforços e a etapa anterior da imunização. A agência regulatória norte-americana sugere para o público infantil, por exemplo, um hiato de cinco meses após a segunda dose. Também não se estabeleceu qual vacina será recomendada. A discussão sobre novas etapas da imunização começou na Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI Covid-19), colegiado que acabou sendo extinto pela pasta, devido ao fim do estado de emergência.
Agora, os debates se encaminham para a CTAI do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Ainda não há data para deliberação. Depois do aval dos técnicos, os temas devem seguir para o alto escalão da pasta, a quem cabe bater o martelo, de fato. O ministério já liberou o reforço para a população a partir de 12 anos e para imunossuprimidos (pessoas que já apresentam sistemas imunológicos mais vulneráveis, como portadores de HIV e pacientes de câncer).
Estes também recebem a quarta dose, assim como a população a partir de 50 anos e os profissionais de saúde. Estados, municípios e Distrito Federal têm autonomia para definir os próprios calendários de vacinação. Nenhum deles, no entanto, deu aval à terceira dose para crianças e à quarta para quilombolas e ribeirinhos até o momento.