Brasília, urgente

Digitalização da receita médica reduz 33% as interações medicamentosas

Um estudo realizado no Brasil e publicado pelo Jornal Brasileiro de Economia da Saúde (JBES), demonstrou que o uso da receita médica digital contribui para a redução de riscos à segurança dos pacientes, informou o portal Medicina S/A. Das 65 mil prescrições eletrônicas incluídas no estudo realizado pela Mevo, cerca de 5 mil apresentaram ao menos uma interação medicamentosa, com uma média de 2,5 interações por receita. Comparando os dados das prescrições emitidas entre janeiro e dezembro de 2019, o estudo evidenciou a queda de 32,9% na quantidade de receitas com interação medicamentosa.

O dado é relevante uma vez que erros relacionados à prescrição de medicamentos estão entre os maiores problemas da saúde relacionados à segurança do paciente em todo mundo. Apenas nos Estados Unidos, segundo a Organização Mundial da Saúde, há pelo menos um óbito por dia advindo dessa causa. Globalmente, os custos associados a erros de medicação têm um custo anual de US$ 42 bilhões, segundo o relatório.De acordo com o estudo, a maior redução na quantidade de receitas com algum tipo de interação medicamentosa ocorreu entre o primeiro e o segundo mês (27,8%) após o início da digitalização das receitas médicas, o que pode reforçar sua efetividade no suporte à decisão clínica e ao ato prescritivo.

Em proporções menores, a queda ainda segue nos meses seguintes. O estudo também reforça a importância de se reunir evidências científicas que atestem os benefícios da aplicação das tecnologias no cotidiano clínico. Além disso, evidencia como a receita médica digital também atua como um suporte na educação e conscientização do prescritor, além da decisão clínica. 


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