Resiliência no número de casos de covid-19 e picos intermitentes, com uma nova onda de infecções no início do segundo trimestre de 2022. Esse é um dos cenários projetados pelos pesquisadores do grupo Ação Covid-19 para oBrasil caso as medidas de contenção do vírus não sejam mantidas ou retomadas a fim de quebrar as altas taxas de transmissão atuais. Os pesquisadores ressaltam que esse quadro é possível mesmo com o avanço da vacinação, destacou o Valor Econômico nesta segunda-feira (23). À medida que a vacinação progride, especialistas e agências sanitárias de todo o mundo esperam, para os países onde o vírus segue descontrolado, como o Brasil, queda contínua no número de óbitos e internações, mas manutenção de novos casos em patamares elevados. A intensidade desse fenômeno, porém, é desconhecida. Em busca desse prognóstico, os pesquisadores desenvolveram um modelo capaz de estimar a curva de casos por dois anos após o início da vacinação no cenário em que somente 27% da população pratique o isolamento social. Essa é a taxa de isolamento natural pré-pandemia, indicada pelo sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo. O modelo conta ainda com dez variáveis, sendo as mais importantes a duração da proteção conferida pelas vacinas, ainda em estudo, e os indicadores sociais de cada região. A ação covid-19 reúne 25 pesquisadores com inserção internacional, entre médicos, biólogos, economistas, físicos e estatísticos.
CORONAVÍRUS
São Paulo tem 40% de UTIs ocupadas e, pela 1 ª vez desde 2020, não registra cidades com leitos lotados
O estado de São Paulo registrou, neste sábado (21), ocupação de 40,3% nos leitos de UTI para Covid. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, pela primeira vez desde abril de 2020, nenhum município teve UTIs para Covid lotadas no estado. Segundo a Folha de S.Paulo a ocupação de UTIs para Covid está em queda em São Paulo desde junho, quando, no dia 1º daquele mês, era de 81,3%. Em 1º de agosto, a ocupação de UTIs ficou abaixo de 50% pela primeira vez desde novembro do ano passado, quando, no dia 24, era 49,4%. A partir daquele momento, iniciou-se um crescimento das ocupações que chegou a mais de 92% em abril deste ano. A secretaria também aponta que, no momento, há 7.495 pessoas internadas com Covid, das quais 3.842 em UTI e 3.653 em enfermarias. Os valores já chegaram a ser de mais de 31 mil pacientes hospitalizados.
IMUNIZANTES
Saúde diz que 8,5 milhões de pessoas estão atrasadas com a 2ª dose da vacina
No Brasil, cerca de 8,5 milhões de pessoas estão atrasadas para tomar a segunda dose de imunizantes contra a covid-19, revela levantamento feito pelo Ministério da Saúde, que alerta para os riscos das pessoas não completarem o ciclo vacinal. Conforme os dados mais recentes do painel de vacinação do ministério, 53,2 milhões de pessoas tomaram a segunda dose. De acordo com o Valor Econômico o número de atrasados corresponde a 16% dos brasileiros que completaram o ciclo. Na avaliação por Estados, os que têm mais pessoas em atraso são: São Paulo, com 1,69 milhão; Rio de Janeiro, com 1,06 milhão; e Minas Gerais, com 1,02 milhão. Especialistas e autoridades do setor de saúde consideram fundamental a conclusão do ciclo vacinal, uma vez que apenas a primeira dose de imunizante não garante proteção adequada contra o vírus, especialmente com a disseminação da variante delta.
COMBATE À PANDEMIA
Novas regras tornam ainda mais ágil a liberação de vacinas contra a Covid-19
Diante do elevado aumento do volume de importações de vacinas contra a Covid-19 e a fim de manter o ritmo ágil que a Agência vem impondo a esses processos, a Diretoria Colegiada da Anvisa votou, na última sexta-feira (20), novas regras para a importação de vacinas contra a Covid-19 destinadas a programas de saúde pública, que possuam registro ou autorização de uso emergencial, e seus insumos. O objetivo da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) é agilizar ainda mais o processo de importação, facilitando a internalização e o acesso às vacinas regularizadas com comprovação de qualidade, segurança e eficácia. A norma representa mais um esforço regulatório para a redução do tempo de internalização desses produtos no Brasil, por meio da simplificação documental do processo de importação, mantendo a priorização da análise dos processos de vacinas e seus insumos pela Anvisa. Esse tipo de importação passa a ser tratado em norma específica, excluindo-o do rito ordinário, e conferindo a previsibilidade necessária para a organização de todo o processo de importação.